Estudante de medicina vive em estado vegetativo após cirurgia para mandíbula

Publicado em 25 abr 2024, às 15h50. Atualizado às 15h52.

Uma estudante de medicina, de 31 anos, encontra-se em estado vegetativo há mais de um ano após uma cirurgia para correção da mandíbula na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. A mulher realizou a cirurgia em 16 de março de 2023 e desde então sua vida mudou drasticamente. A situação tem viralizado na internet. As informações são do site O Tempo.

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O pai de Larissa, Ricardo Carvalho, contou que a cirurgia foi recomendada por dentistas desde a infância da filha devido a uma “mordida cruzada”, um problema em que a mandíbula se projeta além do maxilar superior. Após o procedimento, Larissa foi levada para o quarto, mas já estava em parada cardiorrespiratória quando chegou no local.

Segundo o site O Tempo, Ricardo disse que os profissionais chegaram em grande número, mas as respostas sobre o que tinha acontecido na cirurgia eram vagas e insatisfatórias.

Lesão grave no cérebro da estudante de medicina

Os minutos em que a estudante de medicina ficou sem sinais de vida resultaram em uma lesão cerebral grave, deixando-a incapaz de se comunicar ou se mover. A mãe da jovem, Maria Cristina de Carvalho, disse que a filha parece ausente em alguns momentos, embora às vezes pareça reagir a sons e chamados.

Conforme Maria, o problema na mandíbula de Larissa começou na adolescência, o que afetou a alimentação da moça. Ela evitava carne porque seus dentes não conseguiam mastigar corretamente. Esteticamente, porém, isso não a incomodava.

A família acredita que Larissa possa ter sofrido uma reação pós-operatória. Conforme o site O Tempo, o registro da cirurgia não detalhou os passos do procedimento, e o termo de consentimento assinado por Larissa não alertou sobre os riscos da anestesia geral ou sobre a possibilidade de parada cardiorrespiratória com sequelas.

O que diz o hospital?

Após a situação, o hospital informou ao site O Tempo que a operação da mulher foi bem-sucedida e que o que aconteceu com Larissa foi uma fatalidade, de acordo com o site O Tempo. No entanto, quando os pais pediram acesso às imagens das câmeras de segurança, foram informados de que só seriam liberadas por meio de uma ação judicial.

Diante das dificuldades em obter respostas, a família denunciou o caso ao Ministério Público de Minas Gerais. Em setembro de 2023, o promotor Jorge Tobias de Souza determinou a abertura de investigação pela Polícia Civil e encaminhou o caso ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais.

“Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a qualidade no atendimento prestado à toda comunidade ao longo de nossa história, que soma quase dois séculos”, diz a nota.

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