Quem é Isabel Veloso, jovem de 17 anos com câncer terminal que repercutiu na web
Isabel Veloso, de 17 anos, repercutiu nas redes sociais após compartilhar sua história, a jovem tem câncer terminal e a estimativa é de seis meses de vida.
A adolescente paranaense foi diagnosticada aos 15 anos com Linfoma de Hodking. Isabel passou por quimioterapia e transplante de medula óssea, e conseguiu se recuperar, contudo, três meses depois a doença voltou de forma mais agressiva.
Isabel passou a não responder mais aos tratamentos. A jovem compartilhou o laudo médico nas redes sociais.
“Atesto, para os devidos fins, que a paciente acima tem Linfoma de Hodking sem resposta ao tratamento quimioterápico. Paciente em cuidados paliativos exclusivos, onde iremos focar em controlar e aliviar sintomas. No momento, os maiores sintomas que a paciente tem se diz respeito à localização do tumor (mediastino – podendo gerar dispneia e arritmias) e neuropatias, gerando dores crônicas graves. Paciente em uso de altas doses de opióides em domicílio e auxílio para o manejo clínico caso houver necessidade”, diz o documento emitido em fevereiro deste ano.
Os exames indicaram um tumor de 17 centímetros que está perto do coração e do pulmão. Recentemente, a jovem contou aos seguidores que recebeu uma boa notícia ao fazer uma tomografia: a estabilização da doença.
“Fui fazer uma tomografia e estou bem feliz com o resultado, mostrou que o tumor está estabilizado no crescimento, ainda está pequeno, Graças a Deus, está dando tudo certo, quem sabe fico mais tempo por aqui. Estou muito feliz com isso. Queria agradecer a vocês por cada mensagem de carinho que recebi antes de realizar a tomografia”, disse Isabel.
Em março deste ano, a jovem disse que recebeu uma previsão de seis meses de vida. Ela compartilhou a notícia se declarando ao noivo, Lucas Borbas, com quem deve se casar no dia 22 deste mês.
“Dessa vez o câncer conseguiu. Apenas desejo que esses próximos e últimos 6 meses sejam os mais felizes e mais sinceros dos nossos corações. Meu amor, hoje eu entendo que não vim ao mundo para ser curada, mas para curar. Mas, mesmo assim, saiba que você foi a cura mais bonita da minha alma. Eu o amo, mais que tudo que possa existir nessa terra. Meu eterno marido, namorado, melhor amigo fiel e companheiro. Até que a morte nos separe. Desde sempre e para sempre. Eu te amo, Lucas Borbas”, escreveu a jovem.
Isabel Veloso planejava cursas psicologia, fez vestibular e passou na prova, mas devido a doença os planos de estudar ficaram para trás. No Instagram, a jovem tem mais de 1 milhão de seguidores e compartilha como é viver com a doença.
Apesar do câncer terminal, a jovem se mostra positiva sobre a vida e a morte. Recentemente, ela concedeu entrevista ao podcast Inteligência Ltda e falou sobre os temas.
O que é Linfoma de Hodking?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Linfoma de Hodking é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo.
O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos.
A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se.
A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.
A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.
A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente.
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