Adolescente é assassinado e família afirma que jovem foi morto no lugar do irmão, em Colombo
Na noite desta quarta-feira (22), Carlos Eduardo de Souza dos Santos, um adolescente de 16 anos, foi morto a tiros no Conjunto Mauá, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
Adolescente é morto no lugar do irmão, em Colombo; jovem usava touca do irmão no momento do crime
Comovidos e indignados com o assassinato do adolescente, familiares ficaram ao lado do corpo até a chegada do Corpo de Bombeiros.
No local, a suspeita levantada por eles foi de que Carlos Eduardo foi assassinado no lugar do irmão, que soma envolvimento no mundo das drogas.
De acordo com o tenente Rueda, da Polícia Militar (PM), a informação sobre o irmão da vítima chegou pela irmã da vítima. “Chegou a informação de que o irmão dele tinha envolvimento com o crime. Porém ainda não sabemos se isso procede ou não”.
Segundo o pai da vítima, Carlos Eduardo estava usando a touca do irmão no momento que foi executado. Trabalhador, o adolescente sempre dizia que queria mudar de vida. Ele e o pai trabalhavam juntos com recicláveis.
Após o crime, o irmão de Carlos Eduardo não compareceu ao local.
Pai afirma que filho morreu de mãos dadas com ele
De acordo com Aparecido de Souza, pai de Carlos Eduardo, ele ouviu o momento dos tiros e correu pra ver o que tinha acontecido.
Assustado, ele conta que ao chegar na rua viu o filho caído no chão. “Ele morreu grudado na minha mão. Nossa, meu Deus, eu não sei nem o que falar. Eu que ajudei a colocar o corpo dele dentro do IML”, relembra Aparecido.
Para o pai, o filho era sonhador e dedicado, e trabalhava com ele na reciclagem desde muito pequeno.
“Um rapaz muito trabalhador e doce com a família. Não mexia com coisa errada nada. Nunca mexeu com nada de ninguém. (…). Ontem foi o último dia que ele foi trabalhar comigo“, diz o pai em meio a lágrimas.
Agora, o pai e a família pensam até em deixar a região. “Eu sinto essa insegurança aqui em casa. A gente pode estar aqui e os cara vim e fazer uma coisa dessa. Pode ser com um filho meu, um parente meu. (…) Eu to com medo de ficar aqui na Vila, não só eu como meu pai também. Não tem segurança aqui. Não tem como. Queremos justiça. A gente pede justiça”.