Adolescente é assassinado e família afirma que jovem foi morto no lugar do irmão, em Colombo

Publicado em 23 jan 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h55.

Na noite desta quarta-feira (22), Carlos Eduardo de Souza dos Santos, um adolescente de 16 anos, foi morto a tiros no Conjunto Mauá, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.

Adolescente é morto no lugar do irmão, em Colombo;  jovem usava touca do irmão no momento do crime

Comovidos e indignados com o assassinato do adolescente, familiares ficaram ao lado do corpo até a chegada do Corpo de Bombeiros.

adolescente morto colombo

FOTO: PAULO FISCHER, DA RIC RECORD TV

No local, a suspeita levantada por eles foi de que Carlos Eduardo foi assassinado no lugar do irmão, que soma envolvimento no mundo das drogas.

De acordo com o tenente Rueda, da Polícia Militar (PM), a informação sobre o irmão da vítima chegou pela irmã da vítima. “Chegou a informação de que o irmão dele tinha envolvimento com o crime. Porém ainda não sabemos se isso procede ou não”.

Segundo o pai da vítima, Carlos Eduardo estava usando a touca do irmão no momento que foi executado. Trabalhador, o adolescente sempre dizia que queria mudar de vida. Ele e o pai trabalhavam juntos com recicláveis.

adolescente morto colombo no lugar do irmão

Após o crime, o irmão de Carlos Eduardo não compareceu ao local. 

Pai afirma que filho morreu de mãos dadas com ele

De acordo com Aparecido de Souza, pai de Carlos Eduardo, ele ouviu o momento dos tiros e correu pra ver o que tinha acontecido.

aparecido de souza

(Foto: Luciano Chinasso, da RIC Record TV)

Assustado, ele conta que ao chegar na rua viu o filho caído no chão. “Ele morreu grudado na minha mão. Nossa, meu Deus, eu não sei nem o que falar. Eu que ajudei a colocar o corpo dele dentro do IML”, relembra Aparecido.

Para o pai, o filho era sonhador e dedicado, e trabalhava com ele na reciclagem desde muito pequeno.

“Um rapaz muito trabalhador e doce com a família. Não mexia com coisa errada nada. Nunca mexeu com nada de ninguém. (…). Ontem foi o último dia que ele foi trabalhar comigo“, diz o pai em meio a lágrimas.

crime vila zumbi

(Foto: Luciano Chinasso, da RIC Record TV)

Agora, o pai e a família pensam até em deixar a região. “Eu sinto essa insegurança aqui em casa. A  gente pode estar aqui e os cara vim e fazer uma coisa dessa. Pode ser com um filho meu, um parente meu. (…) Eu to com medo de ficar aqui na Vila, não só eu como meu pai também. Não tem segurança aqui. Não tem como. Queremos justiça. A gente pede justiça”.