Assalto no Paraguai: PF apreende malote de dinheiro roubado
Durante coletiva de imprensa, assessoria da Polícia Federal fez um balanço das prisões e apreensões realizadas até o momento
A Polícia Federal confirmou, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (25), a prisão de oito suspeitos de envolvimento no assalto milionário no Paraguai ocorrido nesta segunda-feira (24), na fronteira com o Brasil. Conforme balanço divulgado, as detenções aconteceram na região de fronteira e contaram com participação das Polícias Rodoviária Federal, Militar, Civil e da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu. Três suspeitos foram mortos em um confronto em Itaipulândia.
Um malote com notas de reais, guaranis e dólares, roubado da transportadora Prosegur, foi apreendido durante as ações. A assessoria da PF explicou que “o malote foi lacrado na presença de testemunhas e encaminhado para a perícia”. Segundo a polícia, até o momento foi contado aproximadamente R$ 158 mil em notas de real, mas ainda faltam os montantes de guaranis e dólares.
As primeiras informações da polícia paraguaia, ainda na manhã de segunda-feira, eram de que o grupo criminoso teria roubado U$ 40 milhões (cerca de R$ 125 milhões) da empresa de transporte de valores Prosegur. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Polícia Federal.
Também foram apreendidos sete veículos, dois barcos, sete quilos de explosivos, várias munições e seis fuzis – sendo um deles de calibre .050, capaz de derrubar um helicóptero. Desde esta segunda-feira, um gabinete de crise formado por órgãos de segurança do Brasil e do Paraguai foi montado na sede da PF em Foz do Iguaçu.
Nove suspeitos presos
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu o nono suspeito de participação no assalto no Paraguai. O homem embarcou na Rodoviária de Cascavel em um ônibus que fazia a linha Foz do Iguaçu-Curitiba. Ele estava com as roupas sujas de lama e com o corpo cheio de arranhões, o que levantou suspeita e levou a uma denuncia anônima.
PCC no assalto do Paraguai
O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lescano, disse que “tudo aponta para o PCC”. Ele ressalta que os veículos usados tinham placas do Brasil e os atacantes fizeram diálogos fluentes em português. “Vão, vão, não olhem para trás”, diziam às testemunhas.
A Polícia Federal, no entanto é cautelosa quanto a possível coordenação de membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). “Não há confirmação efetiva sobrea participação do PCC”, disse a assessoria da PF.
De acordo com a PF, as investigações e buscas continuam. A expectativa é prender outros membros da quadrilha que estão do lado brasileiro da fronteira.