Vereadores de Londrina deverão usar tornozeleira eletrônica. (Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Londrina)

Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV) são réus na Operação ZR3, que investiga um esquema de corrupção e cobrança de propina em alterações do zoneamento na cidade

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou que os dois vereadores de Londrina, no norte do Paraná, afastados por suspeita de corrupção voltem a utilizar tornozeleiras eletrônicas. Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV) são réus na Operação ZR3, do Ministério Público do estado, que investiga um esquema de corrupção e cobrança de propina em alterações do zoneamento na cidade.

Ambos estão afastados das funções legislativas por ordem judicial e já foram monitorados eletronicamente entre os meses de janeiro e abril deste ano. No entanto, a vigilância não foi renovada pela Justiça em primeiro grau, por isso, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) recorreu ao TJ-PR. O promotor Jorge Barreto da Costa, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), destaca a importância desse monitoramento para evitar que os investigados influenciam no andamento da denúncia já apresentada à Justiça.

Além dos vereadores, outras três pessoas envolvidas no suposto esquema de corrupção deverão voltar a usar tornozeleiras eletrônicas. São elas: o empresário Homero Vagner Fronja, o corretor de imóveis José de Lima Castro e ex-chefe de gabinete de Rony Alves, Evandir Duarte de Aquino. Todos deverão comparecer ao Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) ainda nesta semana para a instalação do aparelho.

Outro lado

As defesas dos vereadores informaram que não foram notificadas oficialmente sobre a volta da monitoramento eletrônico, mas declararam que deverão recorrer a decisão do monitoramento  

Operação ZR3

De acordo com a denúncia do MP-PR, os parlamentares chefiava o esquema que cobrava propina de empresários e em troca articulava a aprovação de projetos que mudaram o zoneamento urbano de Londrina.

Ao todo são 13 réus denunciados criminalmente pelo MP-PR à Justiça.  A primeira audiência do caso está marcada para o dia 16 de outubro na 2º vara criminal do município

Vereadores escapam por um voto da cassação de seus mandatos

No dia 16 de setembro, por 12 votos a 3, Takahashi e Alves tiveram o processo de quebra de decoro parlamentar arquivado na Câmara Municipal de Londrina, depois de uma longa batalha jurídica nos tribunais local e superiores, que estendeu o prazo da Comissão Parlamentar até setembro.

Moradores de Londrina acompanharam a votação. (Foto: Serginho Ribeiro)

*Com informações de Guilherme Batista, repórter da RICTV Londrina