por Guilherme Becker
com informações do Estadão

O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou neste domingo (24) que está proibida a entrada de brasileiros no país. A medida da nação que concentra o maior número de mortes por coronavírus do mundo, é justificada como uma ação para “preservar a vida dos estadunidenses”. Donald Trump já havia tomado atitude semelhante com a China, o Reino Unido e outros países da Europa.

A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.

Atualmente o Brasil é o segundo país com maior número de casos da covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Com 22 mil mortes, o país da América do Sul é o sexto no ranking, ficando atrás da nação governada por Trump (96 mil), do Reino Unido (36 mil), da Itália (32 mil), da Espanha (28 mil) e da França (28 mil).

Proibição já era esperada

Na manhã deste domingo (24), a Segurança Nacional da Casa Branca informou que o veto ao acesso de brasileiros poderia ser determinado a qualquer momento. O conselheiro Robert O’Brien, declarou à rede CBS que a decisão do presidente Donald Trump, que é admirado por Jair Bolsonaro, sairia. “Acho que teremos uma decisão de viagem hoje em relação ao Brasil”, comentou.

Com a decisão confirmada no início da noite, fica proibido o acesso de brasileiros aos Estados Unidos. Na última terça-feira (19), Trump já havia comentado o desejo em proteger a nação de países com alto risco de contágio.

“Não quero pessoas vindo para cá e infectando nosso povo. Também não quero que as pessoas fiquem doentes por lá. Estamos ajudando o Brasil com respiradores. O Brasil está tendo problemas, não há dúvida sobre isso”, declarou Trump a repórteres na Casa Branca.

Atualmente, há 13 voos semanais em operação entre os dois países sendo que seis têm a Flórida como destino e outros sete, o Texas. Só a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois países. Com a restrição de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

24 maio 2020, às 00h00.
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