Menino de cinco anos morre afogado em piscina da família, em Colombo

Publicado em 15 jan 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h56.

Por volta das 22h desta terça-feira (14), um menino de cinco anos morreu afogado na piscina da família no bairro São Gabriel, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.

De acordo com relatos dos socorristas, o menino ficou cerca de dez minutos imerso na piscina.

Menino morre afogado em piscina em Colombo; família está em choque

Logo depois de ser encontrado por familiares, uma ambulância foi acionada para o encaminhar ao Hospital do Trabalhador. No local, ele chegou a respirar artificialmente por mais de 50 minutos, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito.

Afogamento: rápido e silencioso

Para ajudar a evitar este tipo de incidente, Mariah Mello, cirurgiã pediátrica do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), destacou algumas dicas importantes.

De acordo com ela, afogamentos ocorrem de maneira rápida e silenciosa.

“Por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem capacidade de reagirem rapidamente. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, mar ou rio”.

Conforme o Ministério da Saúde, os afogamentos são a segunda maior causa de morte entre crianças até 14 anos no Brasil, com uma média de 2,6 óbitos por dia.

Dicas para evitar afogamentos

  • Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. O adulto responsável não deve estar envolvido em outras atividades, incluindo o celular, socializar, cuidar de tarefas ou ingerir bebida alcoólica.
  • Crianças devem aprender a nadar em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
  • Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que sabem nadar. Portanto, não superestime a habilidade de crianças e adolescentes, saber nadar não exclui a necessidade de um adulto as supervisionando.
  • Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
  • O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis podem estourar ou virar a qualquer momento.
  • Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou travas de segurança.
  • Ensine as crianças a respeitarem as placas de cuidado nas praias, rios e piscinas, bem como, as orientações dos guarda-vidas.
  • Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193).
  • Depois do uso, mantenha baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças.
  • Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada, mantenha a tampa do vaso sanitário baixada e com um dispositivo de segurança.
  • As cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos devem estar sempre trancados.