Polícia Civil já desvendou morte de três homens carbonizados na Região Metropolitana

Crime foi cometido para vingar o homicídio de outros dois jovens e tem relação com uma disputa por pontos de tráfico de drogas

O delegado Nasser Salmen, da Polícia Civil de Almirante Tamandaré, afirmou nesta quarta-feira (11) que já tem uma hipótese forte sobre o caso dos três corpos carbonizados na madrugada de terça-feira (10) em Almirante Tamandaré. Dois homens estavam dentro de um Gol branco incendiado e a terceira vítima do lado de fora do veículo.

Segundo o delegado, a principal suspeita é que o crime teria sido cometido para vingar o homicídio de outros dois jovens e também para retomar um ponto de tráfico de drogas no bairro do Tatuquara, em Curitiba.

Dois cadáveres já foram identificados. Um deles, o que estava fora do carro, era Francarlos de Ávila da Silva. Ele é suspeito de ter matado Leonardo Monge, de 17 anos, e Patrick Santos, de 18, na noite do dia 27 de outubro, no Tatuquara. Segundo a polícia, Francarlos teria cometido os dois homicídios para tomar um ponto de distribuição de drogas naquela região.

O segundo corpo identificado era de Marcos Henrique Rodrigues Bento. A terceira vítima continua sem identificação.

Segundo a polícia, dois sujeitos identificados até agora apenas pelos apelidos de “Lasanha” e “Logan” teriam matado os três homens em Almirante Tamandaré para vingar a morte de Leonardo e Patrick. “Um quarto cadáver, encontrado com marcas de tiros e sem uma das orelhas próximo ao Rio Passaúna, em Araucária, na noite de terça-feira (11), também pode estar relacionado a essas mortes em Almirante Tamandaré”, disse o delegado.

Segundo Salmer, dois usuários de drogas identificados como “Pipe” e “Fininho” levaram “Lasanha” e “Logan” até Francarlos, para explicar a morte dos irmãos no Tatuquara. “Lasanha” e “Logan” então sequestraram Francarlos e o comparsa Marcos com um Ford Fiesta cinza. Depois de capturá-los, levaram todos até a chácara em Almirante Tamandaré, colocaram Francarlos Marcos e o terceiro elemento, que pode ser “Pipe”, dentro do Gol branco e atearam fogo no veículo.

“Pela cena do crime, parece que Francarlos, mesmo amarrado, pode ter tentado sair do carro estourando o vidro do porta-malas. Os assassinos então atiraram contra ele e, depois, o arrastaram para fora”, explicou Salmen.

“A suspeita é que o homem que teve a orelha arrancada e foi morto a tiros em Araucária seja “Fininho”, o outro usuário de drogas que levou os assassinos até Francarlos”, disse o delegado.

O próximo passo da Polícia Civil de Tamandaré é buscar pistas sobre os suspeitos pedindo a quebra do sigilo telefônico das vítimas.

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