Dengue em 2024: Veja tudo que você precisa saber

Publicado em 15 fev 2024, às 21h14. Atualizado às 21h15.
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O Brasil ultrapassou esta semana os 500 mil casos de dengue em 2024. O número engloba tanto os casos confirmados, quanto os prováveis. São 75 mortes no país. E o Paraná está em 4º no ranking de estados com maior epidemia de dengue. Somente na semana passada, sete mortes foram confirmadas. Mais da metade delas (4), foram na região Norte do Paraná, onde a situação está mais crítica.

O secretário estadual de saúde, Beto Preto, estima primeiramente que 2024 seja a pior epidemia de dengue do estado nos últimos anos. Até então, 2019 para 2020 tinha sido o pior período. O Paraná teve, na semana passada, o dobro de casos confirmados, em relação à mesma semana em fevereiro de 2019.

E o pico da epidemia, conforme o secretário, deve ocorrer entre o fim de março e começo de abril. A predominância de casos no Paraná, até o momento, afirma o secretário, é de dengue tipo 1. Nesse sentido, há uma quantidade bem menor da variante tipo 2.

Dengue tipo 3

Uma novidade para a epidemia este ano é a entrada da dengue tipo 3. Conforme o secretário Beto Preto, a variante não era detectada no Brasil há 15 anos. Com isso, a população já não possui mais anticorpos que possam combater a variante de forma mais eficaz. Isso pode levar ao agravamento do caso e à internação hospitalar.

Isso traz um risco ainda maior a pessoas que já tiveram dengue anteriormente. Infectadas pela segunda vez, a chance de terem dengue hemorrágica, uma forma mais grave da doença, é muito grande. Isso é uma preocupação da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), não só pela possibilidade de morte do paciente, mas também pela hipótese de superlotação dos hospitais.

Sintomas da dengue mais comuns em 2024

Em geral, na grande maioria dos casos, diz Beto Preto, os sintomas são de leves a moderados. Segundo divulgado pelo Ministério da Saúde, os sintomas duram de dois a sete dias. O primeiro deles, a febre alta, aparece repentinamente. Veja os sintomas da dengue em 2024:

  • Febre alta;
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo

Em casos de agravamento da doença, o paciente ainda pode ter:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos;
  • Sangramento de mucosa;
  • Irritabilidade.

Existem outras doenças com sintomas parecidos. Entenda a diferença dos sintomas da gripe:

  • Febre;
  • Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Dor no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Dores articulares;
  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Fadiga;
  • Prostração;
  • Rouquidão;
  • Olhos avermelhados e lacrimejantes.

Coceira de dengue dura quantos dias?

Em alguns casos, o paciente pode ter coceira na pele em diferentes partes do corpo. Em casos ainda mais específicos, pode haver erupção cutânea, com pequenas manchas vermelhas, seguidas de coceira intensa.

A coceira de dengue pode durar até 12 dias após a picada do mosquito. Ou seja, vai embora junto com os outros sintomas naturalmente. Banhos e compressas geladas ajudam a aliviar a coceira de dengue.

Tratamento da dengue

A dengue não possui um tratamento específico para ela. O que se faz é apenas a repouso, hidratação, tomando muita água, e o alívio das dores através de analgésicos. Mas há dois alertas importantes: em hipótese alguma o paciente deve fazer a automedicação. É preciso orientação médica, além de repouso e hidratação o quanto antes, para evitar o agravamento da doença.

Em segundo lugar, evitam-se alguns tipos de analgésicos, como o ibuprofeno e o AAS (ácido acetil salicílico). Ao invés deles, em geral usa-se o paracetamol. Também não se deve usar corticóides. Eles podem aumentar o risco hemorrágico da doença e agravar a situação do paciente.

Como é transmitida a dengue

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, infectada com o vírus. É um inseto doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas ou igrejas, por exemplo.

Como prevenir a dengue

A única forma de combater a doença, é acabando com os criadouros do mosquito. Ele utiliza a água parada para a proliferação dos seus ovos. Portanto, tudo o que houver de água parada em casa, no quintal, em terrenos baldios, praças, etc, deve ser eliminado. Nem mesmo aquele pouquinho de água no fundo do pratinho das plantas deve ser mantido. Também aconselha-se o uso de repelente

Formas importantes de se prevenir a dengue:

  • Limpar o quintal, jogando fora tudo o que não é utilizado ou necessário;
  • Tirar toda a água dos pratos de plantas;
  • Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
  • Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
  • Manter os quintais bem varridos, pois até mesmo folhas secas podem aculuar água pós a chuva;
  • Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

Vacina particular de dengue; valor e como funciona

A vacina contra a dengue está disponível na rede particular desde agosto de 2023. No entanto, este ano, devido à alta procura, quase não há mais doses disponíveis. 

Uma única dose custa entre R$ 390 e R$ 490, conforme o local onde é aplicada. Mas, como são necessárias duas doses, no intervalo de 3 meses, para que o esquema vacinal fique completo, a vacinação acaba custando de R$ 780 a R$ 980 por pessoa. Na rede particular qualquer pessoa entre 4 e 60 anos pode se vacinar.

A vacina disponível na rede privada é a mesma oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, é a QDenga, da farmacêutica Takeda. 

Vacina de dengue está disponível no SUS?

No SUS, conforme o Ministério da Saúde, a vacina deve chegar somente em agosto. No Paraná, somente 30 municípios devem recebê-las, nas regiões com maior incidência de casos. E o público alvo deve ser de crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos, faixa etária com maior número de hospitalizações. O esquema vacinal, assim como na rede privada, é com duas doses, com intervalo de três meses entre uma e outra.

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