Paraná é terceiro estado com maior incidência de dengue; veja como prevenir

por Mariana Gomes
Com supervisão de Carol Nery
Publicado em 25 abr 2024, às 18h05. Atualizado em: 29 abr 2024 às 11h13.

O Paraná está passando pela pior epidemia de dengue dos últimos 20 anos. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, 260.517 casos foram confirmados com 171 mortes durante o período epidemiológico, que começou em julho de 2023. Isso deixa o Paraná como terceiro estado com maior incidência e o primeiro em números absolutos.

Além disso, outras doenças também cresceram no país. Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram junto com os casos de influenza A e B e do vírus sincicial respiratório. Em 19 capitais, entre elas Curitiba, houve um aumento de casos de COVID-19 nas últimas seis semanas.

Especialistas preveem que o aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias continuem a aumentar no Paraná nas próximas semanas. De acordo com o infectologista da Unimed Curitiba Moacir Pires Ramos, isso pode levar à sobrecarga dos sistemas de atendimento e sobreposição de atendimentos na rede ambulatorial. “A Secretaria de Saúde tem comentado que aumentou em quase 60% a procura por unidades de saúde em Curitiba, por casos de síndrome respiratória”, afirma. 

Apesar das temperaturas amenas no estado, o médico lembra que a multiplicação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, ainda não diminuiu. “O inseto vive cerca de 40 dias, então, mesmo fazendo dias mais frios agora, ele ainda está vivo e se reproduzindo”, alerta.

Cuidado e prevenção durante crise de dengue no Paraná

Higiene das mãos e ao tossir seguem sendo fundamentais para controlar a disseminação dos vírus respiratórios. No caso da dengue, eliminar os focos do mosquito e usar repelente são as medidas mais indicadas para conter o avanço da doença.

Entretanto, o infectologista reforça a necessidade de manter o calendário vacinal em dia para todas as situações. Em princípio, a vacina é a melhor e mais eficaz forma de prevenir a maior parte das doenças, principalmente durante crises de dengue como a do Paraná. “No caso da COVID-19, depois de quatro ou seis meses da última dose, o nível de anticorpos começa a cair. Então, já pode tomar uma nova dose. Assim como acontece com a influenza, que a gente toma uma dose todo ano para corrigir novas variações da doença”, defende. 

Além disso, hidratação e boa alimentação ajudam a manter bons índices de imunidade. A automedicação é contraindicada em todos os casos, mas, especialmente, em quadros de dengue. 

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui

Mostrar próximo post
Carregando