Efeito colateral da Pfizer em crianças costuma ser leve, dizem EUA

Publicado em 30 dez 2021, às 19h36. Atualizado em: 31 dez 2021 às 09h27.

(Reuters) – A vacina da Pfizer e da BioNTech contra a Covid-19 causou efeitos colaterais leves em crianças de 5 a 11 anos em grande parte dos eventos adversos, de acordo com dados publicados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA nesta quinta-feira (30). Os dados mostraram que, após a segunda dose da vacina, algumas crianças relataram dor no local da injeção e outras reações sistêmicas, como fadiga e dor de cabeça.

O CDC disse que também recebeu notificações de 11 casos de miocardite, um tipo de inflamação do coração, em crianças de 5 a 11 anos que receberam a vacina. Destes, sete tinham se recuperado e quatro estavam se recuperando no momento do relatório. A miocardite é um efeito colateral raro após vacinas de mRNA.

O Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas dos EUA (VAERS) recebeu 4.249 notificações de eventos adversos, dos quais 97,6% dos casos não eram graves, segundo o relatório do CDC. Os casos foram relatados no VAERS e v-safe, um sistema voluntário de vigilância de segurança baseado em smartphone para eventos adversos após a vacinação contra Covid-19, entre 3 de novembro e 19 de dezembro.

A agência disse que cerca de 8,7 milhões de doses da vacina da Pfizer foram administradas a crianças nessa faixa etária. A vacina foi autorizada nos Estados Unidos para crianças de 5 a 15 anos no final de outubro e é a única vacina autorizada para essa faixa etária no país.

Um estudo separado do CDC mostrou que a vacina de duas doses da Pfizer foi 92% eficaz contra infecções por coronavírus em adolescentes de 12 a 17 anos. O período de observação para análise coincidiu com o período de predominância da variante Delta nos EUA, afirmou o CDC.

(Reportagem de Dania Nadeem em Bengaluru)