Fábrica de absorventes é inaugurada em Cadeia Pública no Paraná

Além de empregar mulheres privadas de liberdade, a fábrica de absorventes também pretende prover o item de higiene nas cadeias

por Mariana Gomes
com informações da AEN e supervisão de Scheila Pessoa
Publicado em 26 jun 2024, às 20h54.

Uma fábrica de absorventes foi inaugurada na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. A inauguração aconteceu nesta quarta-feira (26) e foi realizada pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) em parceria com o Conselho da Comunidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). 

Fábrica de absorventes é inaugurada em Cadeia Pública no Paraná
A fábrica de absorventes foi inaugurada nesta quarta-feira (26) (Foto: Divulgação/PPPR)

A princípio, o projeto foi realizado com o objetivo de garantir que o item de higiene esteja disponível a todas as mulheres privadas de liberdade no Estado. Ao todo, quatro apenadas foram qualificadas profissionalmente para atuarem no setor de trabalho da nova fábrica. A cada três dias de trabalho realizado, um dia será reduzido de suas penas. 

De acordo com William Ribas, diretor da Regional Administrativa de Ponta Grossa, a colaboração entre as instituições envolvidas demonstra o poder da cooperação interinstitucional em prol de causas sociais. “Estamos comprometidos em melhorar as condições de vida das apenadas e contribuir para uma sociedade mais justa”, afirmou.

Além disso, o diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, Jean Fogaça, relatou que a instalação da fábrica de absorventes na unidade apresenta um avanço na promoção da saúde e dignidade das custodiadas. “Este projeto não só atende a uma necessidade básica, mas também oferece uma oportunidade de capacitação e ressocialização”, contou.

Fábrica de absorventes foi criada por ex-aluna

O projeto foi idealizado pela ex-aluna da UEPG e atual voluntária do projeto Isabella Danesi. “Com essa fábrica estamos garantindo que as mulheres encarceradas tenham acesso a produtos essenciais para sua saúde e bem-estar”, disse. “Este é um passo significativo para promover a igualdade e a justiça social dentro do sistema prisional do Paraná”. 

Por fim, espera-se que aproximadamente 1.200 absorventes femininos sejam produzidos na fábrica todo mês. A UEPG apresentou o projeto de extensão para a Fundação Araucária, que liberou a verba para o pagamento dos extensionistas que atuam no projeto.

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