Fábrica de absorventes é inaugurada em Cadeia Pública no Paraná
Além de empregar mulheres privadas de liberdade, a fábrica de absorventes também pretende prover o item de higiene nas cadeias
Uma fábrica de absorventes foi inaugurada na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. A inauguração aconteceu nesta quarta-feira (26) e foi realizada pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) em parceria com o Conselho da Comunidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
A princípio, o projeto foi realizado com o objetivo de garantir que o item de higiene esteja disponível a todas as mulheres privadas de liberdade no Estado. Ao todo, quatro apenadas foram qualificadas profissionalmente para atuarem no setor de trabalho da nova fábrica. A cada três dias de trabalho realizado, um dia será reduzido de suas penas.
De acordo com William Ribas, diretor da Regional Administrativa de Ponta Grossa, a colaboração entre as instituições envolvidas demonstra o poder da cooperação interinstitucional em prol de causas sociais. “Estamos comprometidos em melhorar as condições de vida das apenadas e contribuir para uma sociedade mais justa”, afirmou.
Além disso, o diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, Jean Fogaça, relatou que a instalação da fábrica de absorventes na unidade apresenta um avanço na promoção da saúde e dignidade das custodiadas. “Este projeto não só atende a uma necessidade básica, mas também oferece uma oportunidade de capacitação e ressocialização”, contou.
Fábrica de absorventes foi criada por ex-aluna
O projeto foi idealizado pela ex-aluna da UEPG e atual voluntária do projeto Isabella Danesi. “Com essa fábrica estamos garantindo que as mulheres encarceradas tenham acesso a produtos essenciais para sua saúde e bem-estar”, disse. “Este é um passo significativo para promover a igualdade e a justiça social dentro do sistema prisional do Paraná”.
Por fim, espera-se que aproximadamente 1.200 absorventes femininos sejam produzidos na fábrica todo mês. A UEPG apresentou o projeto de extensão para a Fundação Araucária, que liberou a verba para o pagamento dos extensionistas que atuam no projeto.
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