Londrina recebe método Wolbachia para combater a dengue

Publicado em 25 abr 2024, às 11h32. Atualizado em: 1 maio 2024 às 08h06.

A cidade de Londrina, no norte do Paraná, é um dos seis municípios brasileiros que irão receber o método Wolbachia na tentativa de combater a dengue. A iniciativa envolve a liberação de mosquitos Aedes aegypti com bactéria Wolbachia, chamados de Wolbitos, para que se reproduzam. A liberação dos mosquitos está prevista para começar em julho deste ano.

A World Mosquito Program (WMP) Brasil e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são responsáveis pela aplicação do método Wolbachia, em parceria com as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Governo do Paraná. O objetivo é reduzir os casos de dengue na localidade, ajudando a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia.

Segundo a assessoria do WMP Brasil, depois da soltura o monitoramento será feito de forma quinzenal e mensal. Os trabalhos devem seguir até junho de 2025. Bairros de todas as regiões da cidade serão contemplados com a soltura dos mosquitos. Há também previsão de montagem de uma biofábrica em Londrina, isto é, um laboratório para a produção dos mosquitos com Wolbachia.

O líder de operações do WMP Brasil, Gabriel Sylvestre, ressaltou a importância da pesquisa pública e do engajamento da população para este primeiro momento de implantação do método Wolbachia. Além de Londrina, outras cinco cidades foram selecionadas para receber a tecnologia: Foz do Iguaçu (PR), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Natal (RN) e Joinville (SC). O método Wolbachia já existe no Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).

Sobre o método Wolbachia

Conforme o WMP Brasil, a Wolbachia está presente em cerca de 50% dos insetos, mas não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando encontrada neste mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam.

O método Wolbachia foi desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP) na Austrália e, hoje, está sendo aplicado em mais de 20 cidades de 14 países. Quando os mosquitos com Wolbachia são liberados, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta.

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