Surto de Hepatite A: mais 28 casos são confirmados em Curitiba
número de casos já é três vezes maior que a série história registrada nos últimos 11 anos
O boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (17), pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais 28 infecções por Hepatite A em Curitiba, de janeiro até junho deste ano, são 338 casos.
Desses casos, cinco acabaram morrendo e um transplante hepático acabou sendo realizado em decorrência da contaminação pela hepatite A.
A SMS realizou reuniões com equipes de epidemiologia do Ministério da Saúde por causa da velocidade com que estão sendo registradas novas confirmações da doença. Ele buscam novas estratégias de controle do surto na cidade.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, o Ministério da Saúde afirmou que existe a possibilidade realizar a vacinação contra a doença para públicos específicos, considerados de risco. Em breve a secretaria deve divulgar a estratégia para a realização.
A série histórica da Hepatite A em Curitiba registrou 134 infecções pelo vírus A nos últimos 11 anos, de 2012 a 2023, diferente da situação enfrentada em 2024, que caracteriza surto da doença na cidade com número três vezes maior.
O que é Hepatite A?
Conforme o órgão de saúde, a Hepatite A é uma doença infectocontagiosa transmitida aos seres humanos por fezes contaminadas. Mesmo após a cura, a pessoa que foi contaminada continua eliminando o vírus nas fezes por até 150 dias.
De acordo com SMS, a doença acaba sendo transmitida de pessoa a pessoa, principalmente por relação sexual desprotegida. A transmissão se dá por meio do compartilhamento de objetos, mãos contaminadas ou sexo anal/oral entre uma pessoa que adoeceu pelo vírus A da hepatite e outra saudável. A contaminação acontece pelo contato de fezes com a boca.
Sintomas da Hepatite A
Entre os principais sintomas da doença estão:
- fadiga
- febre
- mal-estar
- dores musculares
A doença pode passar despercebida, visto que os sintomas podem acabar sendo confundidos com outras doenças. A indicação é que o paciente procure orientação profissional e evite a automedicação.