Vacinação contra pólio não atinge nem 50% do público em Londrina

por Maria Eduarda Paloco
com informações de Prefeitura Municipal de Londrina e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 26 set 2022, às 17h56.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, atingiu apenas 49,8% do público-alvo em Londrina, no Norte do Paraná. É a última semana em que a campanha será realizada no município.

A campanha começou no dia 8 de agosto e segue até sexta-feira (30). Crianças de 1 a 4 anos que ainda não receberam a dose devem ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para se vacinar.

Para receber o imunizante, não é necessário fazer agendamento prévio. A criança deve portar um documento pessoal com foto ou certidão de nascimento e carteira de vacina.

As crianças recebem a Vacina Oral Poliomielite (VOP), de gotinha. Mas para isto, elas devem ter completado o esquema inicial com três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP).

Baixa cobertura

Segundo a a Secretária Municipal de Saúde (SMS) de Londrina, entre o início da campanha até esta segunda-feira (26), foram aplicadas 13.830 doses de vacinas contra a paralisia infantil na cidade. A meta do município é atingir 95% de cobertura vacinal.

“Dentre de cinco dias a campanha termina e ainda há muitas crianças que não receberam a dose, pois estamos com 49,8% de cobertura vacinal, quando o ideal é 95%. Fizemos diversas ações para mais crianças, como nas unidades escolares, shoppings e a abertura de todas as UBSs, contudo é preciso que haja a conscientização dos pais”, afirma Felippe Machado.

O que é poliomielite

De acordo com a Secretaria da Saúde, poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves a doença pode acarretar paralisia nos membros inferiores, por este motivo, também é conhecida como paralisia infantil.

A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite, segundo a Secretaria da Saúde. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.

Os principais sintomas são:

  • febre
  • mal-estar
  • dor de cabeça
  • dor de garganta e no corpo
  • vômitos
  • diarreia
  • constipação (prisão de ventre)
  • espasmos
  • rigidez na nuca
  • meningite

Em casos de forma paralítica, pode ocorrer:

  • Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.
  • Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores;
  • Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada;
  • Sensibilidade conservada;
  • Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.