"Morte brutal", diz homem que culpa PM pela morte do irmão

por Mônica Ferreira
com informações de Lucian Pichetti, da RICtv, e supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 17 fev 2022, às 16h57. Atualizado em: 2 mar 2022 às 16h15.

A família de Adriano Silva, de 47 anos, que morreu no dia 17 de novembro de 2021, afirma que o rapaz foi assassinado por engano. A vítima foi alvejada com um tiro no peito após sair de uma distribuidora na rua Baldur Magnus Grubba, no bairro Novo Mundo, em Curitiba. A tia do rapaz, que acompanhou a repercussão do caso, só descobriu que a vítima era seu sobrinho 15 dias depois. (Assista abaixo).

Segundo informações apuradas pela equipe da RICtv, a vítima teria sido confundida com outro homem suspeito de furtar produtos de um mercado da região. Um policial militar que estava de folga, foi contratado para fazer a segurança do estabelecimento e ao ver Adriano próximo ao local, disparou contra ele.

De acordo com a família de Adriano, ele saiu do litoral paranaense para passar um mês em Curitiba. Porém, foi morto no seu quarto dia na capital.

“Ele veio para cá para passar um mês, no mês seguinte ele iria se casar e ir embora para o Rio de Janeiro. Ele tinha planos com a namorada, eles iam montar um restaurante e trabalhar com comércio de alimentos. E aconteceu essa morte brutal, do policial ter tirado a vida dele”,

contou Marcelo da Silva, irmão da vítima.

Rodrigo Costa Machado, advogado de acusação, afirma que o policial militar saiu para matar e que o mercado cooperou com o homicídio “no momento que coloca uma pessoa despreparada para trabalhar como segurança armada”.

“O mercado em momento algum entrou em contato conosco para dar um apoio, uma palavra, ou alguma coisa. Tratou como se fosse assim uma coisa corriqueira, morreu e acabou”, disse o irmão.

Conforme a advogada que representa o mercado, não há qualquer ato criminoso que tenha sido praticado pelo estabelecimento.

O soldado Júlio César do Batalhão de Polícia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foi flagrado por uma câmera de vigilância do estabelecimento, com uma pistola ponto 40 em meio aos clientes e funcionários. O PM segue em liberdade e continua trabalhando, para a indignação da família de Adriano.

“Ele me matou meu irmão, por exemplo, no final de semana, chegou final de semana fomos olhar o Facebook dele e ele estava na praia dando risada e curtindo com a família como se nada tivesse acontecido”,

desabafa Marcelo.

“Parece que já existe uma ação disciplinar em andamento na qual a gente espera que o desfecho seja realmente o desligamento desse policial”, conta o advogado da família.

A RICTV entrou em contato com o advogado do agente que informou que seu cliente é inocente, já que agiu em legítima defesa de terceiro.

Reportagem:

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