Enteados são presos por desaparecimento e morte de empresária paranaense
A Polícia Civil prendeu preventivamente nesta quinta-feira (2) outras três pessoas suspeitas de estarem envolvidas no desaparecimento e morte da empresária de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado, Edna Storari. O marido da vítima, Luiz Rissato, já havia sido detido temporariamente no dia 7 de outubro.
Os novos presos são:
- o filho de Luiz, apontado como partícipe intelectual na morte e autor do desaparecimento do corpo;
- a filha e o genro de Luiz, que conforme a investigação ajudaram no desaparecimento do corpo e na tentativa de apagar provas do crime.
De acordo com o delegado Rodrigo Baptista, também nesta quinta, a prisão do marido de Edna que iria expirar na sexta-feira (3) foi convertida para preventiva, sem data para acabar.
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Sobre o crime
A empresária Edna Storari foi vista pela última vez no dia 21. De acordo com a Polícia Civil, o desaparecimento da mulher só foi registrado no dia 27 de setembro, quando as filhas do primeiro casamento da empresária procuraram a delegacia para relatar que a mãe estava desaparecida e que o padrasto não havia feito a comunicação do ocorrido.
Com isso, as equipes policiais foram até a casa de Edna e encontraram o marido, que disse estar saindo para realizar o boletim de ocorrência sobre o sumiço da esposa naquele momento.
O fato acabou gerando estranheza para os policiais, que passaram a fazer perguntas ao homem.
À polícia, o companheiro apresentou a versão, apontada também pela filha da mulher, de que a vítima teria viajado para o Paraguai com um casal de amigos missionários. Além disso, ele informou que não teria conhecimento de quem seriam essas pessoas e, ainda, que a mulher não teria levado celular, pedindo, inclusive, para que ele formatasse o aparelho.
Com o início das diligências, surgiram as primeiras evidências de que a história apresentada pelo marido de Edna não era verdadeira, já que as roupas dela, assim como as maquiagens e joias estavam todas no lugar. Nada teria sido levado para a viagem.
Conforme as investigações, depois de alguns dias do desaparecimento, o homem teria pedido aos vizinhos que apagassem as imagens de câmeras de segurança.
Durante o cumprimento das ordens judiciais foram apreendidos aparelhos de celular. Uma perícia também foi realizada na residência, onde o casal morava. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e com luminol procuraram vestígio.
Investigação
Durante todo o inquérito policial diversas pessoas foram ouvidas, inúmeras diligências realizadas que resultaram no apontamento da participação de cada um dos envolvidos no crime.
Toda a versão apresentada pelo companheiro foi desmentida dentro do inquérito policial, não restando verdade em absolutamente nada do que o mesmo inventou.
Agora o inquérito tem 10 dias para ser finalizado e enviado ao Judiciário e Ministério Público, com os devidos indiciamentos de cada um, que responderão por Feminicídio, Ocultação de cadáver e Fraude Processual.
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