A família do jovem Daniel Berg, 23 anos, está há seis meses sem notícias dele e, recentemente, ficou ainda mais agoniada. Eles receberam um vídeo de homens cavando uma cova rasa junto com mensagens, dizendo que Daniel estaria morto e enterrado.

Daniel desapareceu há seis meses em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e a polícia ainda não tem pistas sobre o sumiço dele. A mãe, Juscelina Cristina da Silva, conta que o jovem nunca ficou sem dar notícias. Mas, dias antes de desaparecer, ele disse à mãe que tinha problemas com algumas pessoas e que, se não fizesse algo antes, fariam algo com ele. Mas não disse o que era.

Segundo a mãe, ele andava nervoso e receoso nos dias antes de sumir. Chegava do trabalho e dizia que não estava legal. Mas não contava o que estava acontecendo.

O jovem foi visto pela última vez passando sozinho na frente da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, que fica bem perto da casa dele. Foi depois disso que a família começou a receber mensagens falando do sumiço do rapaz, incluindo o vídeo da cova rasa e uma mensagem dizendo que ele estava morto e enterrado.

A mãe e a companheira de Daniel questionaram a pessoa que mandou a mensagem. Mas esta pessoa afirmou que ouviu tudo isso numa festa, numa chácara. E que não sabe de nada além dos comentários que ouviu, nem quais foram as pessoas que falaram isso.

Amigo de infância

Conforme apurou a reportagem da RICtv, Daniel tinha um amigo de infância. Ele comprou uma moto em seu nome para esse amigo, que ficaria a cargo de pagar as parcelas. Quando faltavam quatro prestações para quitar o veículo, o rapaz não pagou e os amigos brigaram. Para piorar a situação, este amigo de infância brigou com a companheira e Daniel foi intervir, para ajudá-la. Foi a jovem que solicitou a ajuda de Daniel, depois que o companheiro a agrediu e cortou seu cabelo.

A reportagem da RICtv foi até a residência onde tudo ocorreu e conversou com uma testemunha, que não quis se identificar. A testemunha disse que Daniel foi até a casa do casal e ateou fogo em carros que estavam lá. No outro dia de manhã, Daniel passou na frente da casa e, com um facão na mão, intimou dois rapazes que moravam lá.

Os dois rapazes saíram de lá, um com um facão e outro com uma pá, e houve uma briga feia. Daniel ficou bastante ferido. A Polícia Militar pegou os rapazes e os levou à delegacia, junto com os facões, que foram apreendidos.

Juscelina disse então ao filho para que desaparecesse por um tempo, e foi o que o filho fez. Mas depois voltou e continuou sua vida. Mas a testemunha não acredita que a briga tenha relação com o sumiço de Daniel, visto que isso ocorreu há um ano.

Já a companheira de Daniel, Cássia Simão, e que tem dois filhos com ele, não tem certeza disso. Ela explicou que o rapaz não tinha nenhum outro problema com ninguém por ali a não ser a tal briga. “Ele ficou traumatizado com essa história. A briga foi feia”, disse ela à RICtv.

Filho pede pelo pai

Pelas mensagens que Cássia recebe, ela nem acredita mais que o companheiro esteja vivo. O difícil para ela está sendo manejar a falta do pai aos filhos, que constantemente perguntam dele. E Cássia responde que ele está viajando e que mandará dinheiro para o presente de aniversário. “Mas ele diz que não quer dinheiro, que quer o pai”, lamenta a companheira.

Assista o vídeo da cova rasa:

Veja a reportagem completa:

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27 mar 2024, às 20h56.
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