Esposa de motorista preso com drogas em caixão diz que ele é inocente
A esposa do motorista do guincho que transportava o carro funerário com um caixão recheado com 70 quilos de maconha disse que não sabia das drogas. O homem foi preso no dia 12 de dezembro, em Assis, interior de São Paulo. Ele disse que foi contratado para fazer o transporte do carro funerário de Londrina, no norte do Paraná, para Limeira, em SP.
Entenda o caso
O carro funerário, de um empresa de Cornélio Procópio, se envolveu em um acidente em Cianorte, no noroeste do Paraná, que matou um motociclista. O veículo invdiu a pista contrária e colidiu com a moto. Depois da batida, fugiu sem prestar socorro. Ele parou 500 metros adiante, depois de furar o pneu.
Depois de cerca de quatro horas, a Polícia Rodoviária chegou ao local do acidente, mas não vistoriou o interior do veículo nem questionou a omissão de socorro. O condutor foi liberado. Como o carro não estava em condições de andar, o homem contratou um guincho para levar o veículo até Limeira, mas a empresa aceitou transportar apenas até Londrina.
O guincho deixou o carro em Londrina, no bairro Vista Bela, por volta das 4h da madrugada do dia 12. Nesse instante, o suspeito teria ligado para outra empresa de guincho da cidade, solicitando o serviço.
“A gente estava de plantão e por volta de umas 4h30 mais ou menos o celular dele tocou. A gente imagina que deve ter pego pelo Google ADS ou por rede social, que a gente trabalha com marketing. Ligou e ele saiu e foi atender.”
relembra a esposa do motorista preso.
A mulher contou que o marido não foi informado que o carro estava transportando um caixão. Ela acompanhou o trajeto do companheiro por um aplicativo de rastreamento que mostrou que, após sair de Londrina até chegar em Assis, o guincho não fez nenhuma parada. Por volta das 8h, ao perceber que o motorista não se locomovia, ligou para pedir notícias, mas não foi atendida.
Por volta da 12h45, a polícia de Assis ligou informando que o homem havia sido preso em flagrante transportando 70 quilos de maconha dentro de um caixão.
Imagens de segurança mostram quatro rapazes, no momento em que o primeiro guincho deixa o carro em Londrina para o segundo ir buscá-lo, entrando em um carro. O motorista preso disse que eles o seguiram durante o trajeto. O condutor do veículo da funerária ficou em Londrina. A suspeita é que, sabendo que seria parado em São Paulo, ele tenha deixado o motorista do guincho concluir o trajeto sozinho.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil (PC).
