PF sequestra R$ 15 milhões em bens de casal suspeito de fraude contra o SUS

Casal de empresários de Curitiba é investigado na segunda fase da Operação Moto-perpétuo por série de desvios de recursos do Sistema Único de Saúde

Publicado em 4 jul 2024, às 12h43. Atualizado às 12h47.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a segunda fase da Operação Moto-perpétuo nas cidades de Curitiba e de Bombinhas-SC. A operação visa identificar e desarticular uma organização criminosa envolvida na ocultação de bens após desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorridos cerca de 10 anos atrás.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a segunda fase da Operação Moto-perpétuo nas cidades de Curitiba e de Bombinhas-SC. A operação visa identificar e desarticular uma organização criminosa envolvida na ocultação de bens após desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorridos cerca de 10 anos atrás. Cerca de 15 policiais federais, com apoio da Receita Federal, cumpriram três mandados de busca e apreensão e sequestraram seis imóveis avaliados em R$ 15 milhões. 
PF sequestrou seis imóveis avaliados em R$ 15 milhões (Foto: Polícia Federal)

Cerca de 15 policiais federais, com apoio da Receita Federal, cumpriram três mandados de busca e apreensão e sequestraram seis imóveis avaliados em R$ 15 milhões.

A investigação da PF teve como objetivo identificar o patrimônio oculto e rendimentos oriundos de atividade criminosa realizada pela organização. Ainda segundo a PF, um casal de empresários do setor da saúde na região de Curitiba lidera a organização criminosa.

Casal de empresários já foi alvo da Polícia Federal em outra operação

O casal investigado já foi alvo de investigação anterior, denominada Operação Fidúcia, que desarticulou a organização criminosa que se utilizava de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para celebrar convênios e parcerias com a administração pública.

De acordo com as investigações, a quadrilha utilizava diversos expedientes fraudulentos para desviar e se apropriar de recursos do SUS. As OSCIPs eram utilizadas principalmente para lavar o dinheiro obtido ilicitamente.

A investigação revelou que os indiciados na Operação Fidúcia usavam laranjas para ocultar patrimônio ilícito, evitando bloqueios judiciais. Agora, a PF identificou novos bens ocultados e novos participantes, levando a medidas cautelares adicionais. 

Os crimes investigados incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas de até 18 anos de prisão.

A operação se chama “Moto-perpétuo II” devido à persistência dos criminosos em manter seus ganhos ilícitos. O caso é um desdobramento da operação Moto Perpétuo, deflagrada em 23 de abril desse ano, a qual resultou na expedição de 13 mandados de busca e apreensão.

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