Polícia investiga morte de criança com deficiência que foi encontrada com hematoma na cabeça no PR

por Daniela Borsuk
com informações de Erick Mota, da RICtv
Publicado em 24 set 2022, às 15h25. Atualizado às 19h25.

A Polícia Civil investiga a morte de uma menina, de 11 anos, depois que o Samu foi acionado para atestar o óbito da criança em casa, na manhã deste sábado (24). A situação foi registrada no bairro São Vicente, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A vítima era uma pessoa com deficiência (PCD), com complicações neurológicas e físicas desde o nascimento, usava medicamentos contínuos e sonda.

De acordo com informações da Polícia Militar, o Samu chegou ao local e encontrou a criança morta. A mãe da menina contou que a filha dormia no mesmo quarto que ela e que estava com tosse durante a noite desta sexta-feira (23). A mulher relatou que estava muito cansada e que pegou em um sono profundo, pois a menina estava tranquila. Ao acordar pela manhã deste sábado, no entanto, percebeu que a filha não estava respirando.

A mãe ligou para o Samu, que orientou os responsáveis a colocarem a menina no chão e fazerem massagem cardíaca para ver se a criança voltava a respirar. Apesar disso, ela não resistiu.

Mesmo com o relato dos pais, o médico do Samu decidiu acionar a polícia pois a menina estava com um hematoma na cabeça, segundo registro da PM. Ao repórter Erick Mota, da RICtv, a mãe da criança contou que a filha demorou para nascer e que isso ocasionou uma série de problemas de saúde. A casa da menina, que morava com a mãe, o padrasto e dois irmãos pequenos, era totalmente adaptada para ajudar nas dificuldades de locomoção da criança.

Os vizinhos também foram ouvidos pela RICtv e contaram que a família aparentava cuidar muito bem da criança, que a mãe saia todos os dias para passear com ela e que era sempre vista muito bem vestida. O corpo da menina foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para atestar a causa da morte, se aconteceu devido a alguma negligência, uso excessivo de medicamentos ou devido as complicações de saúde que a menina tratava.

Atualização

O delegado responsável pelo caso afirmou que não há indícios de que a situação se trate de homicídio e que a maior suspeita é de morte natural. “Estamos diante de um caso em que a criança tinha paralisia cerebral. Tinha 11 anos e usava fralda, uso de remédios controlados e não andava”, citou ele. “A investigação vai se pautar em elementos colhidos no local, que por sinal não indicam homicídio e, a princípio, morte natural”.