Policiais militares do PR são investigados por vender cigarros eletrônicos
Dois policiais militares de Toledo, no Oeste do Paraná, foram alvos de operação Vaper na terça-feira (1°). Eles são suspeitos de estarem envolvidos nos crimes de contrabando e descaminho. Além dos militares, uma terceira pessoa também é investigada. A ação realizada foi intitulada como Vaper, principal produto vendido pelos investigados.
Policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e de busca pessoal na cidade de Toledo, expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra. Os alvos foram uma mulher e um homem, ambos policiais e uma terceira pessoa, civil de 46 anos.
Durante as ações foram apreendidos celulares, dinheiro, uma caminhonete e diversas bebidas sem documentação comprobatória de regularidade fiscal. Todo material apreendido será analisado.
A investigação
Em fevereiro deste ano, a Corregedoria da Polícia Militar suspeitou da prática dos militares e instaurou um inquérito para investigar o caso.
A apuração identificou que os policiais com o auxílio de uma terceira pessoa, estariam comercializando ilegalmente, principalmente através de anúncios em redes sociais, produtos de origem estrangeira e com restrição de comércio no Brasil (cigarros eletrônicos).
A Corregedoria da Polícia Militar participou das investigações e acompanhou o cumprimento das medidas cautelares expedidas contra os policiais militares. O nome da operação, Vaper, é uma referência ao nome como também são conhecidos os cigarros eletrônicos, um dos principais produtos comercializados pelos investigados.
Proibido
A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. A decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.