Procissão termina com tiros, uma pessoa ferida e motorista bêbado preso

por Giselle Ulbrich
com informações de Marcelo Borges, da RICtv
Publicado em 16 abr 2022, às 10h17. Atualizado às 13h36.

Um motorista bêbado, um rapaz de 22 anos, causou uma enorme confusão na procissão de Sexta-feira Santa da Paróquia Santa Rita de Cássia, no Hauer, em Curitiba. Ele avançou o carro em cima dos guardas municipais que faziam a segurança da procissão. Os guardas reagiram com tiros e um passageiro do veículo foi ferido por estilhaços do vidro do carro. Na procissão havia cerca de 400 pessoas, mas ninguém se feriu.

O caso ocorreu pouco depois das 20h na Rua Waldemar Kost, esquina com a Rua Major Theolindo Ferreira Ribas. Conforme o registro da ocorrência da Guarda Municipal, um Citroen C4 branco se aproximou da procissão em alta velocidade e de maneira suspeita.

Os guardas sinalizaram para que o veículo diminuísse a velocidade. Porém, dizem os guardas, o condutor acelerou e jogou o carro em cima do guarda municipal Baroni, que conseguiu se esquivar. Assim, o motorista fugiu em alta velocidade. Os guardas entraram na viatura e tentaram seguir o C4, porém dois quilômetros à frente, perderam o veículo de vista.

Os guardas então voltaram à procissão. Mas dizem que, 20 minutos depois, na Rua Frei Henrique de Coimbra, esquina com a Rua Professor João Soares Barcelos, o C4 apareceu novamente. Os guardas deram ordem de parada ao condutor, que novamente avançou o carro contra o guarda Baroni.

Em reação, o guarda deu três tiros contra o carro. Outro guarda também atirou contra o automóvel, tentando evitar o atropelamento do colega. Mas acabou atingido Baroni de raspão na perna esquerda. O motorista fugiu de novo, pela Linha Verde. Os guardas tentaram alcançá-lo de novo, sem sucesso.

Como os guardas conseguiram anotar a placa do C4, localizaram o endereço de registro do veículo e foram até lá. Encontraram dois, dos três ocupantes do automóvel lá. O passageiro, de 21 anos, estava ferido, pois foi atingido por estilhaços de vidro, de quando a janela do automóvel estourou com o tiro dado por um dos guardas. Uma ambulância foi chamada e o rapaz foi levado ao Hospital do Trabalhador.

No motorista do C4 os guardas fizeram o teste de bafômetro, que apontou 0,62 miligramas de álcool por litro de ar expelido, ou seja, ele estava bastante alcoolizado, o que configura crime de trânsito. Antes de ser levado preso em flagrante à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), ele afirmou que deixou o carro escondido na casa de um amigo, na Vila Guaíra. Os guardas foram até o local e apreenderam o C4.

Em seu relatório, a Guarda Municipal apontou contra o jovem os crimes de embriaguez ao volante, tentativa de homicídio, desobediência, resistência, perturbação de cerimônia religiosa, lesão corporal e ameaça. Na delegacia, o motorista foi autuado em flagrante por desobediência e por dirigir embiragado. O condutor permaneceu em silêncio no interrogatório. Não houve houve fiança arbitrada e ele segue preso.

“Não precisava atirar”

Apesar da versão dos guardas municipais, de que o motorista jogou o carro para cima da equipe por duas vezes, um dos passageiros do veículo contestou a afirmação dos guardas. Henrique Farias, irmão do motorista, também explicou ao repórter Marcelo Borges, da RICtv, que seu irmão estava apenas assustado porque, além de embriagado, assustou-se com o guarda apontando uma arma para ele. Henrique ainda afirmou que foi desnecessária a ação do guarda, em atirar no veículo.

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