O protesto do movimento antifacista, que se autodenomina como “antifa” acabou em confusão e pancadaria nesta segunda-feira (1) na região central de Curitiba. A situação aconteceu logo após a manifestação contra o racismo, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, que foi pacifica.

A manifestação, sem confusão, mobilizou milhares de pessoas na praça da região central de Curitiba. O protesto foi organizado pelas redes sociais como uma resposta aos acontecimentos dos últimos dias, quando um homem negro foi morto nos Estados Unidos e começaram uma série de manifestações. O foco era lutar contra o racismo.

Veja um dos vídeos da manifestação que seguiu tranquila:

Confusão, quebra-quebra e confronto

A confusão começou depois do ato que aconteceu sem nenhuma interferência policial. Após a manifestação, um novo ato, que não tinha a ver com a primeira manifestação, acabou em confusão. O protesto foi organizado pelo grupo “antifa”, que fez uma passeata pelo Centro de Curitiba e parte dos manifestantes atacou agências bancárias e até o Shopping Mueller e o Fórum de Curitiba.

Este segundo protesto tinha como foco o objetivo de manifestar indignação contra o presidente Jair Bolsonaro. A confusão também acabou envolvendo uma outra parte do grupo de manifestantes, que começou queimando a bandeira do Brasil, que fica em frente ao Palácio Iguaçu, e estava a meio mastro por causa da morte de um servidor do Paraná em acidente de trânsito. Uma equipe da Polícia Militar (PM) tentou impedir e houve confronto.

Com a chegada da Tropa de Choque da PM, a situação fugiu do controle. Bombas de gás foram lançadas e a confusão teve vários momentos de tensão. Não há, até o momento, informações de presos por conta da ação de vandalismo.

Veja a confusão durante protesto em Curitiba

As imagens abaixo foram postadas por algumas pessoas nas redes sociais. Veja os vídeos:

Prefeitura se manifesta sobre a confusão no Centro

Em nota, a prefeitura de Curitiba informou que em equipamentos públicos do município houve registro de danos em algumas estações-tubo na região do Centro Cívico e pontos de mobiliário urbano na Praça Tiradentes, Nestor de Castro. Apesar disso, conforme a prefeitura, o levantamento completo será feito e divulgado nesta terça-feira.

Protestos diferentes, afirma organização do ato anti-racismo

Através das redes sociais, a organização do ato contra o racismo em Curitiba, deixou claro que “os manifestantes, além de utilizar proteção para evitar a propagação da epidemia de covid-19, comportaram-se de maneira ordeira, em defesa da democracia e contra o racismo“.

Conforme os organizadores do protesto contra o racismo, o ato foi um sucesso. “Reuniu muitas pessoas, teve uma atmosfera esperançosa por dias melhores. Nossa luta é por igualdade, contra o racismo, a violência contra jovens negros nas periferias, a proliferação de grupos que propagam o ódio e o genocídio de brasileiros promovido pela falta de uma política clara de saúde durante esta pandemia“.

Ainda segundo os organizadores do ato pacífico, “infelizmente, no final do ato, em uma dispersão de alguns poucos, houve vandalismo contra o patrimônio público. O que, ao nosso ver, é muito estranho e suspeito e representa a presença organizada de infiltrados que desejam a criminalização do movimento“.

Os organizadores do ato lamentaram que “o uso de força excessiva por parte da polícia demonstra também a incapacidade de diálogo e a opção pela agressão. Conclamamos a união de curitibanos de forma individual ou através dos movimentos sociais para a defesa da democracia contra o racismo”.

1 jun 2020, às 21h17. Atualizado às 22h59.
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