Secretaria de segurança abre sindicância para apurar suposto esquema de corrupção no Deppen

Hudson Teixeira disse que secretaria vai apurar suposto esquema de corrupção no Depen

Publicado em 21 maio 2024, às 20h31. Atualizado em: 22 maio 2024 às 12h20.

O secretário de segurança do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, disse nesta terça-feira (21), que uma sindicância foi instaurada para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen), em São José dos Pinhais.

Hudson Teixeira disse que secretaria vai apurar suposto esquema de corrupção no Depen
Hudson Teixeira disse que secretaria vai apurar suposto esquema de corrupção no Depen (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

Em entrevista para a RICtv, Teixeira afirmou que a secretaria de segurança só vai se manifestar a respeito depois que todas as circunstâncias forem apuradas. “Eu prefiro aguardar o final da sindicância, onde o encarregado vai apontar se houve ou não qualquer tipo de irregularidade”, disse o secretário.

Além disso, Hudson falou que não tinha conhecimento de qualquer irregularidade no Deppen e que a CPI aberta na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) é legítima. “Bom, a gente trabalha dentro do critério do princípio da transparência. Então é legítimo e nós concordamos com tudo que venha a apurar qualquer tipo de denúncia que venha a ser feita contra qualquer órgão do Estado, em especial contra a segurança pública”, reforçou.

Série expõe investigações sobre possíveis casos de corrupção

A série Guerra de Facções, da RICtv, entrou no ar em maio deste ano. Os episódios expõem as complexidades do tráfico internacional de drogas, envolvendo investigações sobre possíveis casos de corrupção. O último episódio da série, no entanto, está sob censura, desde o início de maio, após uma determinação da Justiça.

Nele, a produção da RICtv cita dois funcionários do Deppen. Um dos líderes de uma facção sob custódia supostamente os corrompeu. O preso, identificado na investigação como Marcos Silas, teria privilégios dentro do sistema prisional. A informação consta no relatório interno de inteligência do Deppen ao qual a RICtv teve acesso.

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A RICtv buscou os funcionários do Deppen mencionados na produção e, assim, dar o direito de resposta sobre as acusações em entrevistas. No entanto, os envolvidos recorreram judicialmente para evitar a exibição do episódio.

Censura repercutiu entre entidades jornalísticas

A censura imposta contra a RICtv repercutiu entre as principais entidades relacionadas ao jornalismo. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp), assim como a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), repudiaram a medida estabelecida contra a emissora paranaense e emitiram notas.

A série não foi integralmente ao ar, mesmo assim a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP/PR) determinou a abertura de um processo de investigação interna. Isso porque a entidade pretende apurar as denúncias contra os agentes do Deppen, conforme consta em Diário Oficial. A apuração terá condução da Divisão de Inteligência do Estado.

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