Câmera no banheiro: jovem que teve privacidade invadida dá detalhes do crime
Durante mais de um ano, a jovem Priscila Carvalho Souza, que trabalhava como agente socioeducativa na unidade do sistema prisional, teve a privacidade invadida. Uma câmera foi instalada no banheiro que ela usava, na unidade de internação de São Sebastião, no Distrito Federal.
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A trabalhadora descobriu o dispositivo no suporte para colocar shampoo. O suspeito é um colega, Rafael Oswaldo de Carvalho Arantes, que atuava diretamente com a vítima. Priscila falou pela primeira vez desde o início do caso.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, a jovem clama por justiça, já que o Ministério Público não acatou a denúncia de perseguição. Rafael foi processado somente pelo crime de registro de conteúdo de nudez sem autorização.
Comportamento estranho no trabalho
“A noite ele ficava muito agitado, completamente diferente da postura do dia. […] Na hora do meu banho eu tinha uma sensação estranha mas eu sempre achava que eu estava ficando doida”, relata a jovem.
Em outra ocasião, Priscila contou à reportagem sobre um dia em que viu o acusado bem próximo a porta do banheiro. “Eu vi a bota dele, debaixo da porta […] fiquei me perguntando, será que ele consegue me ver aqui?”.
Mudança da pena de Rafael
O processo correu em juizado especial, sendo considerado um crime de menor potencial ofensivo. Em sua decisão, o MP optou por trocar a pena de Rafael por 300 horas de serviço comunitário.
A reportagem tentou entrar em contato com Rafael mas não foi atendida.