PM que estuprou mulher em situação de rua teve arma recolhida e pode ser expulso

Publicado em 19 jan 2023, às 10h41. Atualizado às 10h42.

O policial militar, que foi preso na tarde de quarta-feira (18) em Londrina, permanece detido no 5º Batalhão da PM. Ele teve a arma recolhida e pode ser expulso da corporação após a conclusão do processo administrativo.

Suspeito de estuprar mulheres em situação de rua dentro de um mocó no centro da cidade, ele também responderá pelo crime na Justiça comum. 

O mandado de prisão preventiva foi cumprido pelo comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Nelson Villa, que afirmou que a própria PM fiscaliza os policiais. Ele também lembrou do caso de um policial que foi preso na semana passada por tráfico de drogas na Zona Norte de Londrina.

“A Polícia fiscaliza os seus, como aconteceu na semana passada, e neste caso de crime hediondo, crime sexual, contra uma pessoa vulnerável. A PM está estarrecida com o fato que envolve esse policial, se é que se pode chamá-lo assim. A PM fiscaliza os seus e não compactua com desvios”, declarou Villa.   

O comandante deu detalhes da investigação e afirmou que a denúncia chegou ainda na noite de domingo (15), mesmo dia do crime. A informação foi confirmada, informalmente, pelo serviço de inteligência, a P2, e o Batalhão fez contato com o Ministério Público e com a Polícia Judiciária.

De acordo com ele, na segunda-feira, foi feito o exame de corpo de delito no IML. A delegacia ouviu as vítimas e imagens de câmeras foram localizadas com o registro de entrada e saída do veículo do mocó, conhecido como “Mansão dos Nóias”.  O suspeito deixou o plantão policial por volta das 18h, na Vila Portuguesa, e foi diretamente ao local do crime, que fica na mesma região.  

Segundo as informações do Boletim de Ocorrência, o policial militar obrigou a vítima a praticar “ato sexual” com o PM à paisana. Ela relatou que o homem é “moreno forte com um colete preto” e que depois do suposto estupro, o policial teria fugido em um veículo Pegeout branco. O policial militar é suspeito de, pelo menos, dois estupros e uma importunação sexual.