Taxista colocou corpo de ex no chão e deitou ao lado dela para tirar a própria vida
Na manhã desta terça-feira (11), o delegado Thiago Nóbrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deu detalhes sobre a morte da professora Joslene Candatten Basso, assassinada pelo ex-marido. O homem, Robinson Basso, era taxista e tirou a própria vida após o homicídio. O caso aconteceu na segunda-feira (10), na Vila Sandra, região localizada no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na capital paranaense. A filha do casal presenciou o crime, tentou impedir as mortes, mas foi ameaçada pelo pai.
Conforme o delegado, testemunhas relataram que Robinson estava embriagado, o que pode ter contribuído para que ele cometesse o crime.
“Infelizmente ontem, não sei se em razão da bebida alcoólica, pois disseram que ele estava embriagado, munido deste sentimento, deste ciúmes com a vítima, ele acabou indo até a vítima, disse que queria conversar referente a separação do casal. Ela acreditou achando que o assunto realmente era esse, saiu do portão, estava já ingressando em seu carro, quando o Robinson efetuou esse disparo de espingarda que acabou matando Joslene no local”,
explicou o delegado.
Ainda, Nóbrega contou que o suspeito matou a ex-esposa, colocou o corpo dela no chão, deitou ao seu lado e se matou no local, com dois tiros.
“Ele colocou o corpo dela ao seu lado, deitou ao lado da vítima, e tirou a própria vida. Efetuando inicialmente um disparo na região da mandíbula, que acabou não o matando no momento, e na sequência ele efetuou um tiro a queima-roupa bem no meio do peito, pois dizia que queria morrer ao lado dela. Então é uma relação que terminou, infelizmente, desta forma trágica, a Joslene é uma professora, uma mulher de bem que veio à óbito em razão dos ciúmes do seu ex-companheiro, e agora a gente só tem que deixar os pêsames para a família e torcer que logo se recuperem”,
lamentou o delegado.
Nóbrega também descreveu que tudo aconteceu na presença de uma das filhas do casal, que tentou impedir o crime e o suicídio, mas que foi ameaçada pelo pai para que não se aproximasse.
Joslene era formada em pedagogia e tinha um relacionamento conturbado com o ex-marido, um taxista muito conhecido na Vila Sandra. O delegado pontuou que as brigas entre o casal eram constantes, mas não havia histórico de agressão física. A vítima nunca chegou a fazer um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro.
O casal estava separado há cerca de um mês. Robinson continuou morando na residência do casal e Joslene se mudou para a casa da irmã, a dois imóveis de distância da antiga casa. O ex-marido, no entanto, tinha muitos ciúmes e não aceitava o término do relacionamento.