Homem acusado de abuso infantil é condenado a 59 anos de prisão

por Isadora Deip
com informações do MPPR e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 25 mar 2022, às 20h44.

Um homem acusado de abusar sexualmente de crianças na capital paranaense foi condenado a 59 anos, 4 meses e 22 dias de prisão. Ele foi investigado pela 1ª Promotoria de Justiça de Infrações Penais Contra Crianças, Adolescentes e Idosos da capital e pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) da Polícia Civil, por cometer abusos contra diversas crianças, mantendo ainda relação de confiança com as famílias das vítimas.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) foi notificado nesta sexta-feira, 25 de março, da decisão judicial, que trata de duas das crianças abusadas pelo suspeito.

Segundo informações da pasta, o denunciado morava no bairro Cajuru e era conhecido na região como alguém que prestava ajuda a famílias vulneráveis, sendo “padrinho afetivo” de diversas crianças e adolescentes em situação de risco. O homem doava roupas e brinquedos as famílias da vítima para obter a confiança delas e, assim, cometer os crimes.

Omissão de proteção 

A mãe das duas crianças também foi condenada a pena de 40 anos, 7 meses e 12 dias, já que as apurações demonstraram que ela sabia dos abusos sexuais cometidos, que foram relatados pelas próprias vítimas. Além disso, mesmo após ter sido alertada, inclusive pelos órgãos de proteção, ela continuou permitindo o contato das vítimas com o abusador.

A condenação considerou os crimes de estupro de vulnerável contra as duas vítimas, além de promover o acesso das vítimas a material contendo pornografia.

Preso desde setembro de 2021 após operação deflagrada pelo MPPR e pelo Nucria, o agressor cumprirá a pena em regime fechado. A mãe das vítimas poderá recorrer em liberdade. A sentença foi proferida pela Vara de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Curitiba no dia 16 de março. Mais processos, relacionados a outras vítimas, seguem em apuração ou tramitação, sob sigilo, na Justiça.

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