Após dois anos da morte de George Floyd, o ex-policial de Mineápolis Derek Chauvin será sentenciado em um tribunal federal nesta quinta-feira (7) por violar os direitos civis da vítima. O tribunal estadual enviou o agente à prisão para ficar por mais de duas décadas.
Derek Chauvin se declarou culpado das acusações federais de direitos civis em dezembro no Tribunal Distrital dos EUA em St. Paul, Minnesota, uma decisão que evitou um segundo julgamento, mas que quase certamente estendeu seu tempo atrás das grades.
O homem admitiu que violou o direito de Floyd ao se ajoelhar no pescoço do homem negro algemado por mais de 9 minutos em um assassinato capturado em vídeo de celular que horrorizou pessoas em todo o mundo.
Um tribunal estadual já condenou Derek Chauvin a 22 anos e meio de prisão por acusações de homicídio. As pessoas condenadas à prisão por crimes em Minnesota geralmente são soltas em liberdade condicional depois de cumprirem dois terços de sua sentença.
Acordo de Derek Chauvin com a Justiça
Chauvin confessou o crime como parte de um acordo com os promotores federais, segundo o qual, ele enfrentaria entre 20 e 25 anos de prisão federal. Nesse acordo, ele admitiu pela primeira vez que era o culpado pela morte de Floyd.
Floyd foi visto em vídeos implorando por sua vida antes de ficar inconsciente sob o joelho de Chauvin. Um médico legista determinou que a ação do policial impediu Floyd de respirar.
Os outros três ex-policiais que trabalharam para prender Floyd. Tou Thao, J. Alexander Keung e Thomas Lane, foram considerados culpados no mesmo tribunal federal em fevereiro por violar os direitos de Floyd. Eles ainda não receberam uma data de sentença.
Relembre o caso da morte de George Floyd
George Floyd foi morto após uma abordagem no centro da cidade de Minneapolis, em 25 de maio de 2020. O policial Derek Chauvin permaneceu ajoelhado sobre o pescoço e as costas de Floyd, durante quase 10 minutos, o que impediu a vítima de respirar. A morte de Floyd causou as maiores manifestações em décadas nos EUA.
Reuters – Por Jonathan Allen em Nova York; reportagem adicional de Dan Whitcomb em Los Angeles