Torcedor se manifesta após ser agredido por seguranças do Coritiba: "Sensação de impotência"

Um fato lamentável marcou a derrota do Coritiba para o Sport, em jogo pela 3ª rodada da Série B, no Couto Pereira. Torcedores foram agredidos por seguranças por levarem uma faixa para protestar contra a diretoria e a empresa que controla a SAF do clube por conta do fraco desempenho do Coxa nesta temporada.

Weslley Pereira e o irmão João Henrique Pereira produziram uma faixa com os dizeres: “Obrigado Treecorp! Nos prometeram o céu e entregaram o inferno. Fora Guto. Fora Amodeo”.

O técnico Guto Ferreira acabou demitido após a primeira derrota alviverde na Série B. Carlos Amodeo é o CEO da SAF do Coritiba escolhido pela Treecorp.

O protesto aconteceu logo após a execução do hino nacional, e a faixa foi retirada momentos antes da bola rolar. Mesmo assim, a ação não foi bem recebida pelos seguranças do Coritiba.

“Vieram uns três seguranças com a nossa foto pra procurar a faixa. Tentaram revistar as pessoas e nos encontrar. Não acharam e saíram. Só que depois voltaram com cerca de 10 pessoas. Eles queriam pegar a faixa”, conta Weslley em entrevista ao RIC Esporte Clube.

O torcedor conta os funcionários do clube partiram para cima deles quando os identificaram e que o irmão foi imobilizado em um “mata leão” (veja imagens do momento abaixo). Alguns torcedores ainda tentaram defender a dupla e a confusão foi instaurada.

“Sensação de impotência”

Weslley Pereira conta que tentou defender o irmão e também acabou agredido com chutes. Também ressalta que João Henrique manteve o tempo todo os braços esticados para cima, mostrando que não queria o confronto. E agradece o fato de estar sem a esposa e o filho de 3 anos no momento.

“Imagina se eles estivessem lá e acontece isso. Em nenhum momento chegaram no meu irmão e perguntaram se era ele que estava com a faixa. Não poderiam fazer nada do mesmo jeito, mas assim que viram ele, já agrediram”, explica.

“Essa é a minha maior indignação. Apesar de ter tomado chutes, o que é inadmissível, porque não xinguei ninguém, não ofendi ninguém. Só levantei uma faixa por cinco minutos. Fica a sensação de impotência. Será que vão bloquear meu sócio? Será que se eu for no próximo jogo, eles não vão estar me esperando para me pegar? Eu tenho família. Hoje tinha apresentação do dia das mães do meu filho. Imagina se estou com um olho roxo porque apanhei no jogo do Coxa. Isso é ridículo”, continua Weslley.

Os irmãos Pereira deixaram o campo logo após o conflito, com medo de represálias dos seguranças. Weslley afirma que eles foram ameaçados e alguns funcionários afirmaram que os levariam até “uma salinha” do estádio para “resolver” a situação.

Weslley, que é advogado, decidiu não procurar a delegacia móvel do Couto Pereira por medo, mas vai fazer um boletim de ocorrência para registrar o ocorrido.

Resposta do Coritiba

O Coritiba se manifestou sobre o caso no início da tarde deste sábado (4). Em nota publicada nas redes sociais, o clube lamenta o episódio, diz que está adotando providências para averiguar os fatos e afirma que repudia qualquer ato de violência. Confira a nota:

Em respeito ao torcedor, que consiste no seu maior patrimônio, o Coritiba vem a público para lamentar profundamente o episódio havido no jogo de ontem, durante protesto realizado no setor social do estádio Couto Pereira. O clube está adotando todas as providências para averiguar corretamente as circunstâncias e elucidar os fatos. Por fim, repudia todo e qualquer ato de violência que possa ter havido e tomará medidas para coibir situações desta natureza.

Quer mais notícias do esporte paranaense? Então clique aqui e acesse o RIC Esporte Clube!

Você, aliás, também pode acompanhar as novidades do Coxa no programa Bate Pronto de segunda a sexta, de 12h até 14h. Portanto, acesse o Youtube (clique aqui) ou ligue o rádio em Jovem Pan News 107.1 e fique por dentro de todas as novidades do esporte.