Café e açúcar avançam na ICE diante de valorização do real

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar e café negociados na ICE avançaram nesta segunda-feira, após o real atingir o mais alto nível desde julho frente ao dólar, em movimento que tende a reduzir as fixações de preços do Brasil, maior produtor de ambas as commodities.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 0,11 centavo de dólar, a 14,71 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir uma mínima de três semanas na sessão anterior.

* O índice do dólar alcançou o menor nível em mais de dois anos, o que torna as commodities precificadas em dólar –como açúcar e café– mais baratas para investidores de fora dos Estados Unidos.

* Operadores disseram que o açúcar está se consolidando em um intervalo limitado, embora o ímpeto recente de alta tenha se perdido.

* O Egito prorrogou uma proibição às importações de açúcar branco e bruto por três meses.

* O açúcar branco para março avançou 2,50 dólares, para 403,60 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato março do café arábica fechou em alta de 0,95 centavo de dólar, ou 0,8%, a 1,2005 dólar por libra-peso.

* Massimiliano Pogliani, presidente-executivo da italiana Illycaffe, não vê ofertas apertadas no ano que vem como resultado de uma possível redução na produção brasileira. Ele afirmou, porém, que a empresa está bem abastecida após uma safra abundante no Brasil neste ano, já que o país fornece cerca de metade do café da companhia.

* O café robusta para março avançou 7 dólares, ou 0,5%, para 1.371 dólares a tonelada.

* Os preços do café no Vietnã, maior produtor global da robusta, diminuíram esta semana devido ao aumento da oferta, já que a colheita da safra 2020/21 acelerou.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

3 dez 2020, às 19h18. Atualizado às 19h20.
Mostrar próximo post
Carregando