Soja avança em Chicago após nova venda dos EUA à China; trigo também sobe

Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram para o maior nível em mais de sete meses nesta segunda-feira, apoiados pelo terceiro dia consecutivo pela firme demanda chinesa e pelo tempo seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que ameaça a produtividade da oleaginosa na região.

O milho recuou em meio a vendas técnicas e realizações de lucros, depois de atingir uma máxima de várias semanas na terça-feira, enquanto o trigo se firmou pela nona vez em dez sessões, recuperando das quedas vistas no início da sessão com coberturas de vendidos e compras técnicas.

Exportadores norte-americanos relataram vendas de 400 mil toneladas de soja à China para entrega em 2020/21, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.

Além disso, o tempo quente e seco no Meio-Oeste levantou preocupações com a safra de soja norte-americana, que se aproxima de etapas cruciais de desenvolvimento, depois do clima quase perfeito nas fases de plantio e início do crescimento.

“As dinâmicas mudaram”, disse Dan O’Bryan, especialista em gerenciamento de riscos e corretor da Top Third Ag Marketing. “Hoje você vê um clima pior e uma demanda melhor.”

O contrato novembro da soja fechou em alta de 4 centavos, a 9,2425 dólares por bushel, tendo atingido o maior nível para o vencimento mais ativo –em gráfico contínuo– desde 21 de janeiro.

O milho para dezembro recuou 0,25 centavo, para 3,5425 dólares/bushel, e o contrato dezembro do trigo avançou 4,25 centavos, a 5,3975 dólares o bushel.

(Reportagem de Mark Weinraub, em Chicago; reportagem adicional de Naveen Thukral, em Cingapura, e Sybille de La Hamaide, em Paris)

26 ago 2020, às 19h37. Atualizado às 19h40.
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