O capital humano é a base da inovação

Publicado em 2 fev 2022, às 15h22.

A tecnologia é o instrumento para inovar, mas sem o investimento na capacitação das pessoas e na abertura para a troca real de ideias e desenvolvimento da criatividade esse cenário jamais será realidade em qualquer organização.

Antes de começar a leitura do texto, um aviso importante: desfaça a ideia de que inovação é sinônimo apenas de investimentos generosos em tecnologia. Os aportes financeiros em ferramentas importantes, como softwares e aplicativos, não fariam sentido algum sem um trabalho cuidadoso com o capital humano acompanhado de transformações impactantes na cultura das organizações

Para quem viveu um mercado de trabalho completamente pautado na obediência total às hierarquias e ao seu método tradicional, o momento pede uma reavaliação de conceitos. Com a Geração Z, ávida por mudanças e por implantar ideias novas, e diante do ‘boom’ tecnológico, os processos foram revistos e é preciso se antecipar às novidades para garantir a agilidade necessária e ainda sobreviver em um cenário cada vez mais competitivo.

De olho nesse perfil, o capital humano agora é visto além de uma mão de obra qualificada para “x função” ou  de um time que age apenas dentro de tarefas definidas e preso a um modelo engessado de execução de atividades. A cultura da inovação exige que as empresas se abram ao criativo e sejam capazes de identificar talentos internos, além de potencializá-los e de buscar colaboradores que preencham requisitos necessários para os desafios identificados nas corporações.

Com larga experiência em capital humano, Charmoniks Heuer, gestora de RH no Condor Super Center Ltda. e vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Paraná (ABRH-PR), lembra que há uma mudança de postura interessante das organizações.

“As empresas estão mais abertas a esse perfil de colaborador que opina e propõe. Antigamente, quem fazia isso muitas vezes não era bem visto”,

recorda.

Valorização do capital humano

De forma prática, a valorização do capital humano, com foco na inovação, deve promover um ambiente propício ao desenvolvimento de habilidades e da criatividade, além de assegurar o lucro. Dessa forma, o departamento de  recursos humanos também deve estar cada vez mais envolvido com o planejamento estratégico da instituição.

Nessa configuração inovadora, o RH deve ser estratégico. Ele municia os líderes para que desenvolvam e façam o correto acompanhamento de suas equipes, além de favorecer o real desenvolvimento da cultura de inovação.

Em um grupo como o Condor, com mais de 15 mil colaboradores, a gestão moderna de pessoas faz toda a diferença. Importante: engana-se quem pensa que essa é uma atribuição isolada do RH.

“Esse papel cabe ao líder, que tem que deixar um legado à empresa. Ele será o responsável por monitorar suas equipes e favorecer que estejam sempre vendo à frente”,

ressalta Charmoniks Heuer.

Com relação à tecnologia, Charmoniks Heuer acredita que as empresas estão em processo de aprendizado constante e aprendendo a lidar com tantas novidades em pouco tempo. Por isso, diante dessa transformação digital, estar preparado para as mudanças faz toda a diferença. 

Possibilitando o real desenvolvimento do capital humano, as organizações só têm a ganhar. Os erros de execução são menores, a produtividade só aumenta, assim como a motivação e o engajamento. Aliás, esses aspectos serão fundamentais para assegurar a lucratividade e o crescimento ascendente do negócio. 

Para facilitar esse processo, o investimento em softwares de gestão é um bom caminho. Por meio deles, é possível mensurar e compilar relatórios completos que trazem dados referentes ao desempenho, por exemplo, além de facilitar comparações e facilitar tomadas de decisão mais assertivas e ágeis. 

Promover a capacitação contínua e reconhecer talentos/habilidades também significa reduzir custos. Com colaboradores satisfeitos e comprometidos, é visível também a redução das demissões, que sempre comprometem as finanças das empresas devido aos altos valores envolvidos, e do fim de outros prejuízos atrelados à má gestão das pessoas. É o momento de rever práticas e apostar cada vez mais no capital humano para assegurar a evolução e a sobrevivência de qualquer organização.

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