É muito bom estarmos aqui falando sobre startups, tecnologia e inovação, afinal de contas, quem que não quer ser uma ótima startup hoje? Não é por menos, só em 2021 as startups já receberam mais de 3,2 bilhões de dólares em investimento, segundo dados do Inside Venture Capital Report da Distrito.

E tem muita gente criando startups de olho nesses investimentos, só que as pessoas não sabem tudo o que vem por trás de uma startup. Mergulhar nesse mundo é muito difícil, ainda mais no Brasil. Desenhar uma startup até que é fácil, mas fazer com que se torne um negócio, se desenvolva, cresça, não é simples. As pessoas ainda confundem empreender com ter uma startup.

“Startup se define pro três características específicas: Primeira, é uma empresa que vive num ambiente de extrema incerteza; a segunda é uma empresa que cria algo com muita tecnologia ou de base tecnológica; terceira, principalmente, somente uma startup criar algo que é repetível e escalável”

explica Fernando Seabra.

E para isso dar certo, tem que ter um propósito bem definido. Logo, quem busca empreender por conta da necessidade financeira está atrás de um resultado, mas para ser uma startup a principal coisa que se deve buscar é um problema para ser resolvido.

Hoje um modelo de negócios de uma startup vende a ideia muito antes de ter um negócio concretizado. Primeiro valida uma hipótese, depois testa os seus conceitos e por fim aperfeiçoa o modelo para chegar a um produto ou serviço que atende a dor do cliente.

Qual o cenário brasileiro atual para as startups

Mesmo com a pandemia, vemos no cenário mundial e nacional uma crescente por negócios digitais e startups. No Brasil é esperado que o número de startups ultrapasse 15 mil até o final do ano, e até o início do ano já tínhamos 19 startups classificadas como unicórnio no ranking mundial.

Para quem não sabe, unicórnio é a designação para aquelas startups que atingiram o valor de mercado superior a U$ 1 bilhão de dólares. É, não é para qualquer uma não. Mas esse universo tem impactado não só a vida dos empreendedores, mas também a de muitas empresas tradicionais.

“Existe uma mudança de mentalidade de quem é tradicional pra quem é digital, e de como a gente pode se apoderar do que chamamos de metodologias ágeis para facilitar e baixar custos para qualquer empreendedor hoje… Apesar da pandemia, vivemos uma época de ouro para quem trabalha com as startups. O mundo nunca precisou se digitalizar tanto.”

Explica Fernando Seabra.

Hoje as empresas se digitalizam através da sociedade para atender as demandas, e a sociedade se digitaliza através das empresas buscando novas soluções, de forma concomitante.

Entre 2019 e 2020 houve um aumento de quase 300% nas operações de fusões e aquisições de startups, que se tornou uma forma de empresas e das startups não perderem tempo e espaço no mercado.

Como crescer nesse cenário de incertezas

Para Fernando Seabra, o cenário de incertezas pegou todo mundo desprevenido e isto acabou fazendo com que alguns planejamentos não se concretizassem. “Para quem está chorando ainda, já devia ter jogado a toalha no ringue!”.

Nesse sentido a pandemia acabou sendo positiva para muitos empreendedores. Muitos negócios “zumbis”, aqueles negócios que vão patinando e que o empreendedor vai se enganando de que um dia irá virar a chave, tiveram que fechar.

Um choque de realidade necessário

“Eu criei um método próprio de avaliação de startups baseado em cinco passos: a dor que resolve, a sua autoridade, a solução que propõe, o mercado que vai atuar e o modelo que monetização que vai praticar”, Fernando Seabra.

Quer ficar atualizado com as principais novidades? Não perca o InovaRIC de amanhã com Kauana Yrina e Fernando Seabra, ao vivo às 09hs, nos canais Ricmais do facebook e do youtube.

14 jun 2021, às 17h05.
Mostrar próximo post
Carregando