O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da defesa deo ex-presidente Jair Bolsonaro e manteve o depoimento à Polícia Federal (PF) para a próxima quinta-feira (22). Bolsonaro é esperado para esclarecimentos sobre o envolvimento da tentativa de golpe de estado.

Segundo Moraes, o pedido para que a defesa tivesse acesso às mensagens dos celulares apreendido na investigação, não é suficiente para que o interrogatório não seja feito. O ministro do STF afirmou que os advogados possuem acesso integral às provas. Somente os anexos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, estão em sigilo.

O Alexandre de Moraes afirmou ainda que não cabe a Bolsonaro escolher a data e horário do seu interrogatório na PF.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido dias após ser alvo da Operação Tempus Veritatis. A investigação quer saber se é real que o ex-presidente editou a minuta golpista, encontrada em uma gaveta de seu escritório na sede do PL. O decreto golpista previa anular o resultado das eleições e prender Moraes.

A PF também encontrou, em um computador apreendido com Cid, a gravação de uma reunião entre Bolsonaro, seus ministros e auxiliares. A reunião foi em julho de 2022, em que o então presidente cobra iniciativas para desacreditar as urnas.

Outros intimados pela PF

Estadão apurou que o coronel e ex-ajudante de ordens Marcelo Costa Câmara, o ex-assessor Tércio Arnaud Tomaz além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres também foram intimados pela PF e serão ouvidos na investigação.

20 fev 2024, às 13h16. Atualizado às 13h43.
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