Dalledone deixa defesa de Jairinho e é substituído por advogado de Adélio Bispo

O advogado Dalledone, conhecido por representar suspeitos de casos de grande repercussão no Paraná, alegou questões financeiras

Publicado em 23 jul 2024, às 12h42.

O advogado Cláudio Dalledone Júnior deixou a defesa do ex-vereador do Rio de Janeiro Doutor Jairinho. Às vésperas de ir a júri popular pela morte do pequeno Henry Borel, Jairinho substituiu Dalledone e a advogada Janira Rocha por Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio Bispo. Bispo ficou conhecido por ter esfaqueado Jair Bolsonaro (PL) durante um comício da campanha eleitoral de 2018 à Presidência.

Dalledone deixa defesa de Jairinho
Dalledone alegou questões financeiras (Foto: Divulgação Dalledone/ Câmara Municipal RJ)

Em entrevista ao Estadão Conteúdo, Dalledone contou que deixou a defesa de Jairinho por questões financeiras. “Seriam aproximadamente R$ 500 mil para custear perícias, peritos, analistas, pareceres técnicos, assessoria de imprensa, hospedagens, alimentação e materiais destinados à realização deste júri”, relatou. O Estadão procurou também Janira, mas não obteve retorno.

Zanone representa Adélio Bispo

Zanone representou Adélio Bispo após o atentado contra Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). Além disso, advogou para o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, mais conhecido como Bola. Em 2019, o ex-PM foi condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.

Também ao Estadão, Zanone relatou que vai produzir novos pareceres técnicos antes do julgamento de Jairinho. Além de Zanone, o advogado Fabiano Lopes também vai representar o ex-vereador do Rio de Janeiro.

O ex-vereador Jairinho está preso no complexo de Bangu. Ele é acusado de homicídio qualificado, com emprego de crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Jairinho aguarda a escolha da data do julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A então namorada do ex-vereador, Monique Medeiros, também é acusada do crime, por tortura, na forma omissiva.

Morte do menino Henry

O pequeno Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021, aos 4 anos. As investigações apontam que a criança chegou morto ao hospital e, segundo a autópsia, foram constatadas 23 lesões pelo corpo. A causa da morte foi hemorragia interna por laceração hepática.

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