Entenda decisão de desembargador que libertou assassino e 'zombou' da vítima

O desembargador Benjamim Acacio de Moura e Costa, do TJPR, embasou um habeas corpus em favor do policial aposentado Ninrod Jois Santi Duarte, acusado de homicídio, falando que a morte da vítima, o policial José Augusto Mendes Paredes, foi uma “limpeza social”.

“Lá no mato, a gente diz: ‘doutor, não vale o pão que come’ […] Aqui […] a gente diz ‘seu cliente não ajuda’. […] Outra expressão chula, mas que ela traz um conteúdo verdadeiro: ‘foi feito uma limpa’. […] A sociedade também cria expressões que traduzem […] o sentimento coletivo.”, disse.

O desembargador justificou ainda que a vítima foi citada em 49 ocorrências criminais e que foi “costumeiramente condenado pela prática de diversos crimes”.

“A ordem deve ser conhecida e, neste caso, deferida em face da má qualidade da vítima. Ela realmente era uma pessoa nefasta na sociedade”, concluiu.