Policiais militares viram réus em caso de jovem morto por engano no Paraná

Ismael Moray Flores, de 19 anos, foi morto em abril de 2023 durante a perseguição a suspeitos de assalto

Publicado em 27 maio 2024, às 16h08.

Dois policiais militares se tornaram réus no caso da morte de um jovem de 19 anos, que morreu por engano, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em 2023, durante uma perseguição.

Policiais militares viram réus em caso de jovem morto por engano no Paraná
Ismael Moray Flores tinha 19 anos (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) contra o sargento Daniel Gasparini Barcellos e o soldado Emerson José Gonçalves, sob a acusação de homicídio, sem qualificadoras, de Ismael Moray Flores, em abril do ano passado.

Novas imagens de câmeras de segurança mostram a movimentação da PM no local, no instante da morte do jovem. Na ocasião, Ismael cruzou com os PMs durante a perseguição a dois suspeitos de um assalto.

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A Justiça vai analisar esta e outras provas, além de ouvir as testemunhas, bem como as versões de defesa dos policiais militares. Desta forma, poderá decidir se haverá o julgamento pela morte de Ismael ou o arquivamento do caso.

Agentes confundiram jovem com suspeito, afirma MPPR

O Ministério Público do Paraná (MPPR) sustenta que os agentes confundiram Ismael com o suspeito. Além disso, que mataram o rapaz por engano com cinco tiros, após cruzarem com ele na rua, no momento em voltava para casa desarmado. Segundo o MPPR, em troca de mensagens antes de morrer, Ismael avisou ao namorado que estava indo para casa e disse: “Te amarei até meu fim”.

Defesas de policiais diz que réus agiram em legítima defesa

Na época, conforme o registro da PM, houve acionamento de equipes após um assalto e testemunhas viram a fuga de suspeitos. Eles teriam então apontado armas aos policiais, quando foram atingidos. As defesas dos policiais dizem que eles agiram em legítima defesa após ouvirem diversos disparos.

Sobre o caso, a PM disse que oferece formações, capacitações e atualizações profissionais para as mais diversas situações em ocorrências. Ainda segundo a PM, os dois policiais estão atuando em funções administrativas. Um procedimento interno da PM também apura a conduta dos policiais. Além de Ismael, um suspeito do crime que gerou a perseguição também morreu na mesma noite.

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