"Bolsonaro não quer desarmonia entre poderes", afirma Ricardo Barros em Maringá

Publicado em 10 set 2021, às 13h56. Atualizado às 14h02.

O deputado federal e líder do Governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), afirmou nesta sexta-feira (10) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não quer “desarmonia entre poderes”, fazendo referência à carta divulgada nesta quinta-feira (9) em que o presidente recua nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Barros, que foi prefeito de Maringá entre 1989 e 1993, concedeu entrevista exclusiva ao vivo no Balanço Geral Maringá, da RIC Record TV, ao apresentador Salsicha no início da tarde. “Na carta, ele fez ressalvas, reafirmando que não concorda com algumas decisões do STF, mas que não quer desarmonia entre os poderes“, destacou Barros.

O líder do Governo também afirmou que Bolsonaro saiu fortalecido das manifestações ocorridas no feriado do dia Sete de Setembro. “As manifestações foram importantes para mostrar que o presidente Bolsonaro tem apoio. Que as causas conservadoras, que defendem a família, têm apoio. As manifestações contrárias ao governo foram pífias“.

Líder do Governo na Câmara concedeu entrevista ao vivo no Balanço Geral Maringá (Foto: RIC Record TV)

presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (09) que pessoas que exercem o poder não têm o direito de “esticar a corda” a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia, ao mesmo tempo que disse que nunca teve a intenção de agredir quaisquer dos Poderes.

“Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”, acrescentou. As declarações constam de uma Declaração à Nação publicada dois dias depois de Bolsonaro atacar duramente Moraes durante manifestação com apoiadores em São Paulo e afirmar que não mais acataria decisões do magistrado.

Custo alto

Questionado sobre as constantes altas nos preços dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha, o deputado afirmou que o Governo Federal tem nas reformas e no novo programa Auxílio Brasil as principais medidas para que haja uma recuperação econômica, além da vacinação em massa.

“Aprovamos medidas provisórias muito importantes. Uma inclusive de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas. Em fevereiro, devemos ter todo mundo com as duas doses da vacina e então vamos retomar a economia e os empregos. Enquanto isso, o auxílio emergencial está sendo pago para 17 milhões de brasileiros. O novo Auxílio Brasil vem como uma rampa de ascensão social, porque premia o bom desempenho escolar, diferentemente do Bolsa Família. Além disso, as reformas deverão ser aprovadas e devem nos ajudar a enfrentar os problemas”, destacou Barros.