Primeiro debate à Prefeitura de Curitiba registra embates entre candidatos
Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (UNIÃO) e Roberto Requião (Mobiliza) protagonizaram disputas durante o evento
O primeiro debate à Prefeitura de Curitiba foi marcado por embates entre alguns dos candidatos presentes. Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (UNIÃO) e Roberto Requião (Mobiliza) protagonizaram disputas durante o evento.
O primeiro embate foi entre Ducci e Requião. O ex-governador do Paraná questionou Ducci estar concorrendo em uma chapa de partidos de esquerda após ter votado em pautas contrárias a essa ideologia durante o mandato como deputado federal.
“Você votou o impeachment (de Dilma Rousseff) que foi derrotado porque era ilegal. Você votou o Marco Temporal prejudicando os índios. Você votou o teto de gastos do (Paulo) Guedes e do (Jair) Bolsonaro. Você votou a Reforma Trabalhista que acabou com o direito dos trabalhadores. Como você se sente agora como um candidato progressista da frente da desesperança?”. questionou Requião.
Ducci rebateu ao apontar que Requião decidiu sair do PT após não conseguir viabilizar candidatura à Prefeitura de Curitiba.
“Nunca mudei de partido, em nenhum momento, para disputar as eleições. E me sinto muito bem preparado, muito bem acomodado junto com o Goura, junto com o PT, com o PCdoB, com o PV, e com o apoio do presidente Lula”, declarou Ducci.
Na réplica, Requião insistiu em afirmar que Ducci não defende os interesses da esquerda. O ex-governador pontuou que a frente progressista em que o PSB do ex-prefeito faz parte “está vendendo a Sanepar” e apoia “as privatizações do Porto do Paranaguá”.
Ducci finalizou o embate ao questionar o apoio dado por Requião à Curitiba enquanto ocupava o cargo de governador. “Você foi governador por três vezes e nunca ter construído uma creche. Não ter construído nenhuma unidade de saúde aqui em Curitiba. Não ter possibilitado que a cidade tivesse o Hospital do Idoso quatro anos antes, quando você vetou os recursos para a construção”, finalizou.
O ex-prefeito voltou a protagonizar um embate contra Eduardo Pimentel. Ducci questionou o trabalho de Pimentel frente a Secretaria Municipal de Obras Públicas – ocupada pelo ex-vice-prefeito em 2017, durante o primeiro mandato de Rafael Greca (PSD).
“Entregamos todas as obras paradas que pegamos da gestão do partido do seu candidato a vice-prefeito (PDT de Goura). A Trincheira da Seasa, a Alça do Viaduto da Vila Pompéia, a Linha Verde, a Rua Raul Pompéia, entregamos todas as obras. Eu deixei de ser secretário municipal de obras por minha vontade. E nesses oito anos trabalhei diretamente ao lado do prefeito Rafael Greca”, respondeu Pimentel.
O ex-prefeito rebateu ao apontar que em dois anos à frente da Prefeitura de Curitiba conseguiu realizar mais obras públicas que a gestão Greca.
“Em termos de habitação, até agora vocês entregaram mais ou menos 350 a 360 moradias em oito anos. A Caximba vocês entregaram até agora 60 casas, eu em dois anos e pouco entreguei 12 mil moradias aqui em Curitiba”, colocou Ducci.
Pimentel utilizou a pergunta do segundo bloco para questionar a construção do metrô em Curitiba defendida por Ducci.
“16 quilômetros de uma linha do metrô em São Paulo custam 18 bilhões de reais. É muito dinheiro. Então a gente não pode vir com essas ideias para a população de Curitiba. Enquanto isso, a requalificação de 60 quilômetros do Inter 2 e do Ligerão Leste-Oeste na cidade de Curitiba custa R$ 2 bilhões e 600 milhões, que nós já temos recursos garantidos para os próximos anos”, perguntou Pimentel.
Ducci manteve a defesa ao projeto do metrô em Curitiba e questionou a capacidade da atual gestão em conseguir parcerias com o Governo Federal para conseguir realizar investimentos.
“Eu fico impressionado com a capacidade das pessoas acharem que R$ 18 bilhões é um dinheiro astronômico perante uma parceria com o governo federal. É só você ir lá no orçamento da União e ver que tem recursos para fazer grandes obras estruturantes na cidade de Curitiba. Basta ter vontade de ir buscar esse recurso e a parceria com o governo federal é fundamental para isso”, completou Ducci.
Pimentel protagonizou o último embate da noite ao ser questionado por Leprevost sobre o setor cultural em Curitiba. Na visão do ex-deputado estadual e federal o candidato do PSD não compreendeu a pergunta.
“Eu perguntei o que é cultura, não o que o senhor pretende fazer na área de cultura. O senhor poderia ter dito, como bom curitibano, que cultura é Waltel Branco, é Paulo Leminski, é Alice Ruiz, é a Mocidade Azul, é a Realeza, a Torcida Os Fanáticos, é a Império Alviverde, é a torcida do Paraná Clube, é o folclore dos italianos de Santa Felicidade, dos ucranianos do Abranches”, contextualizou Leprevost.
O ex-vice-prefeito manteve a explicação das realizações culturais da atual gestão e reafirmou que pretende manter “esse compromisso para os próximos anos como prefeito da cidade de Curitiba
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