Fala, Marc!

por Marc Sousa

Ex-prefeito de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, Luizão Goulart (Republicanos), mudou o título eleitoral para a capital com vontade de virar prefeito. A proposta do professor é mostrar o que fez na cidade vizinha, de onde saiu com 94% de aprovação, e convencer o eleitor que fará o mesmo por Curitiba. Ex-petista, o pré-candidato sabe que os curitibanos tem resistências com o partido de Lula, mas garante que virou essa página. “Eu tive diversas divergências com o Partido dos Trabalhadores, não concordava com diversas coisas que estavam acontecendo, e saí do partido”. Ele acredita que todos vão ver o seu verdadeiro perfil. “Eu sempre fui uma pessoa do diálogo, nunca fui um radical, um sectário”.

Goulart, que atualmente é deputado federal, foi o terceiro convidado de uma série de entrevistas que o Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, está fazendo com os pré-candidatos a prefeitura de Curitiba. Mesmo disputando a capital, ele garante que não vai romper o cordão umbilical com o outro lado do rio Atuba. “Eu pretendo fazer uma administração voltada para a região metropolitana, administrar Curitiba como uma metrópole, não vendo os municípios independentes, tudo aqui está interligado”, explicou. O professor também não se intimida com a comparação do tamanho das cidades, já que Curitiba é treze vezes maior que Pinhais. Diz que o que vale é o orçamento, e segundo ele, Curitiba tem, proporcionalmente, mais dinheiro que a cidade vizinha, considerando as verbas com o número de habitantes. “Se eu consegui fazer com pouco no município de Pinhais, eu acredito que possa fazer muito mais em Curitiba.”

O pré-candidato promete ser outra pedra no sapato do prefeito Rafael Greca, que buscará a reeleição. A principal crítica é sobre o combate ao Coronavírus em Curitiba. “A primeira coisa que eu faria diferente seria não fechar postos de saúde no período de pandemia”, questionando o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde. Também criticou a forma como a questão econômica foi tratada. “Eu abriria um diálogo com a população, com os setores das atividades econômicas, pequenos comerciantes, com os taxistas, com os transportadores escolares, com as igrejas, pra encontrar as melhores soluções eu vi que isso não aconteceu aqui em Curitiba”, cutucou.

Luizão se coloca como um político de centro e vai utilizar o ‘fundão eleitoral’, R$ 2 bilhões de dinheiro público, que a classe política reservou para gastar com campanhas. “É hipocrisia alguém falar que não vai usar o recurso do fundo eleitoral, porque vai ser o único recurso disponível e se não for o fundo eleitoral ou as pessoas vão abusar do poder econômico ou vão usar caixa 2“, se defendeu.

Confira a entrevista na íntegra:

5 ago 2020, às 14h09. Atualizado às 14h39.
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