Darcia Piana, candidato a vice-governador, é entrevistado pelo Portal RIC Mais (Divulgação)

Darci Piana é empresário, natural de Carazinho (RS), e candidato a vice pela coligação PSD, PSC, PV, PR, PRB, PHS, PPS, PODE, AVANTE, com Ratinho Jr.

Qual é a importância do vice? Diante de um caso recente na história política brasileira envolvendo um processo de impeachment e que levou o vice-presidente a assumir o Palácio do Planalto, o Portal RIC Mais preparou uma série de entrevistas com os 10 candidatos a vice-governador do Paraná sobre temas que veem à tona durante a campanha eleitoral.

Todos os dias um candidato vai apresentar as propostas para os eleitores na série especial das eleições. Confira!

Darci Piana

Empresário, natural de Carazinho (RS), é candidato a vice pela coligação PSD, PSC, PV, PR, PRB, PHS, PPS, PODE, AVANTE, com Ratinho Jr.

Para você qual a importância do vice governador e como a função é importante para o futuro do Paraná?

Na verdade o cargo de vice dependerá sempre do relacionamento com o governador. A importância dele sempre será relacionada com as relações que existirem, daquilo que foi trabalhado em conjunto. Para o vice governador, especificamente, é um substituto do governador. Nós temos como compromisso trabalhar em conjunto, como uma espécie de ouvidor deste processo todo, para auxiliar no cumprimento dos planos de governo que a gente tem. Já que a gente tem a experiência acumulada da Federação do Comércio e o meu relacionamento com setor produtivo vai colaborar com o plano de governo.

Você acredita que a vice governadora pode ser o diferencial, no pleito de outubro, para definir o vencedor nas urnas?

Eu sou suspeito, mas evidente que se houve uma escolha, uma escolha pessoal do candidato pelo meu nome, a experiência que eu trago destes anos como empresário, deste relacionamento da Federação, à frente do G7, que reúne as forças produtivas do estado, essa liderança que eu fiquei com sete oito anos, nestes segmentos da economia, experiência grande, foi levada em consideração e deve fazer diferença.

Qual a sua contribuição na construção do projeto de governo?

Tenho participado deste projeto de governo que está sendo a eleição agora. É um projeto e nunca está pronto, sempre pode ser modificado, conforme o interesse de investimentos, em  determinada região, obra de infraestrutura. A gente discutiu, levou o conhecimento, bagagem do que é necessário ao setor produtivo do Paraná, como contribuição, não só na parte de infraestrutura, mas também na área de turismo. Mais do que nunca, o nosso conhecimento, a nossa iniciativa, na questão do turismo do Paraná ajuda na montagem do plano de governo.

Que atividades pretende exercer, caso eleito?

Ainda não foi discutido, ainda não é o momento. Estamos trabalhando numa redução de despesas, redução de secretarias. Não faremos como antes, quando era comum o vice assumir uma pasta ou várias. O problema agora, que nos preocupa é fazer um projeto que seja viável, sem preocupação de projeto político, mas com um projeto de governo. Estamos preocupados em preparar este plano de governo à altura do Paraná, que atenda às necessidades que o Paraná precisa ter, inclusive na questão tributária. Estes são problemas que o comércio tem, agricultura, indústria.

Grande parte destas empresas que se deslocam para fora do Paraná são por conta deste peso tributário e que acabam buscando em outros estados mais conforto e suporte necessário. Nosso papel terá sentido amplo, inclusive, na própria Alep. Serei a pessoa de ligação entre o governo e o poder legislativo.

Segurança Pública

A segurança pública precisa de uma modificação muito grande, principalmente na questão de tecnologia. Hoje a nossa polícia, tanto civil, quanto militar, precisa de qualificação, tecnologia e equipamentos modernos para atender as necessidades modernas. Esse pessoal que faz assaltos, essas roubalheiras, estão muito preparados, com armas modernas, super atualizadas e, nós precisamos de uma polícia que esteja preparada. Primeiro com os salários, depois com a preparação técnica. Uma polícia que esteja unida. Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Federal e até mesmo o Exército, precisam estar juntos, no centro integrado, para trabalharem em conjunto, para melhorar o papel de atuação, muitas vezes sem condições necessárias.

É preciso centralizar para que todos eles, em conjunto, um apoiando o outro, com equipamentos condizentes exerçam um trabalho mais eficiente. Um estado que tem uma fronteira com dois países estrangeiros sofre, além do contrabando, com a entrada de armas e munições. Isto é um problema sério para o nosso estado, para o país inteiro. Precisamos ter controle sobre isso tudo, criar um  sistema de barreira técnica para evitar a passagem de armas, munições e isso só será possível com a segurança integrada.

Saúde

É outro grande problema, todo mundo sabe. O primeiro grande passo, que está dentro do plano, é melhorar questão do transporte de doentes, que hoje percorrem distâncias enormes. Um paciente sai de Umuarama para a capital para conseguir tratamento. É muito, 400/500 kms para chegar a hospitais que tenham atendimento específico. Nosso objetivo são cinco, seis ou sete hospitais regionais, com mão de obra qualificada, médicos especialistas para darem atendimento local. Isso irá minimizar as dificuldades que acontecem com estas pessoas, que precisam de atendimento emergencial.

Vamos ajudar estas prefeituras com equipamentos, com material, com mão de obra para um atendimento mais qualificado. Nosso objetivo é atendimento médico necessário a essas pessoas que precisam.

Educação

Outro grande problema do estado. Estamos preparando hoje para que nossas escolas públicas, que agora servem uma única refeição, passem a servir três refeições. Uma quando o estudante chega, o lanche no recreio e outra refeição antes de ir embora. Pessoas com fome não prestam atenção. Vamos fazer com que sejam melhor alimentadas, utilizando em grande parte, aumentando o que é utilizado da agricultura familiar, aumentando isso para 75% da merenda. Isso vai ajudar o segmento que está produzindo e ofertar melhor qualidade na alimentação.

Também vamos preparar os professores. Primeiro vamos resolver o problema da questão salarial, equipar as escolas, fazer com que recebam os equipamentos necessários. Vamos investir em infraestrutura. Também vamos ter o olhar para a educação inclusiva.

Desarmamento

Eu acho que a população está desarmada,. quem está armado são os bandidos. Isso é um problema nacional, o estado tem que obedecer as leis federais. O povo foi desarmado e os bandidos se armaram e isso tem causado problemas sérios. A nossa polícia não [arma] nem para se defender, quanto mais para combater o crime organizado.

Aborto

Assunto que temos que analisar com o Congresso Nacional. É uma demanda do governo federal.

Meio Ambiente

Temos que ter cuidado, claro. O estado tem um programa ambiental, que precisa de algumas correções. Precisamos ter mais agilidade. Por exemplo, o empresário quer construir uma fábrica, um prédio, o IAP tem que ter um prazo para dar o retorno sobre as licenças. Não dá para esperar dois, três anos para dizer não. Não será dado a licença à revelia para todos não, mas o empresário terá que procurar outros caminhos. Não pode o estado atrapalhar o investimento, o desenvolvimento.

Precisamos manter e melhorar a qualidade da água, das reservas florestais. Precisamos melhorar os equipamentos, a estrutura física, a secretaria de meio ambiente precisa de gente qualificada.  O IAP terá que fazer um trabalho preparado, com equipamentos, mão de obra qualificada.

Infraestrutura e logística

Nossa grande preocupação seria preparar o plano para 30, 40 anos que o estado não tem. Um novo modelo de pedágio, duplicação de rodovias. Temos um agronegócio competitivo, e precisamos de melhores condições para manter a competitividade. Temos sofrido na questão de logística. Se o agronegócio duplicar quais são as rodovias que precisamos duplicar? Quais as possibilidades de trem? Precisamos de um plano a médio e longo prazo para que os novos governos não façam isso “em cima do joelho”, mas que atendam o estado como um todo.

Precisamos de manutenção das rodovias já existentes. Temos a questão da ferroeste que precisa de uma atitude. Precisa melhorar esse processo dentro do estado. Precisamos de redução de custo para aviões que possam fazer a ligação mais rápida e principalmente olhar para o porto, para que tenhamos condições de reduzir o custo.

Fabiana Genestra e Juliano Pedrozo, especial Eleições 2018