Pessoas em situação de rua preocupam candidatos à Prefeitura de Curitiba

Durante debate na noite desta quinta-feira (8), o tema das pessoas em situação de rua foi abordado entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba. A capital do Paraná tem mais de 3.600 pessoas neste tipo de vulnerabilidade social.

Diante deste cenário, o primeiro candidato a tocar no tema foi Roberto Requião (Mobiliza). Em pergunta a Ney Leprevost (União Brasil), o candidato classificou a situação como “barbaridade e descaso para com a vida dessas pessoas”. 

Segundo o candidato Ney Leprevost, é possível resolver a situação na capital. “Existem ONGs que querem ajudar, igrejas evangélicas, igrejas católicas, kardecistas, clubes de serviços como o Rotary, como o Lions. Nós vamos unir a sociedade e vamos resolver o problema dos moradores de rua. A nossa gestão vai voltar a impor a lei e a ordem impunitiva, mas com o humanismo e solidariedade, principalmente em relação a honrar de Deus”, disse Ney Leprevost.

Já Roberto Requião comparou Curitiba com o Rio de Janeiro. “O Rio de Janeiro esqueceu da periferia, esqueceu dos cômodos. E essa marginalização da população transformou obrigatoriamente a periferia a ser um protestador contra o sistema. Foi para a criminalidade. Hoje você não pode tomar um banho em Copacabana sem ser ameaçado. Um sujeito que foi abandonado pelo poder público […]. Nós não podemos permitir mais que o poder público também fique fazendo vistas grossas em relação ao tráfico de drogas”, afirmou Roberto Requião. 

Em outro momento do debate, a candidata Andréa Caldas (Federação PSOL-REDE) questionou ao candidato Luizão Goulart (Solidariedade) referentente ao relatório da Defensoria Pública, que aponta que 40% dos supostos casos de abordagens abusivas pela Guarda Municipal da cidade teriam sido contra a população em situação de rua.

Luizão afirmou “que a população em situação de rua deve ser tratada com respeito e com a humanidade que merece”. “Nós temos que dar assistência médica, psicológica, assistência social, fazer parceria com as comunidades terapêuticas, com as clínicas de recuperação para os dependentes químicos e eu vejo que tem muita gente de meia idade, aparentemente saudável, nós vamos criar frentes de trabalho e colocar esse pessoal para trabalhar”, afirmou o candidato.

Já Andréa defendeu que “é preciso investir em concurso” para assistência social. “Porque a assistência social tem que ser encaminhada para quem estudou para isso, tem que ser encaminhada por assistente social formado e concursado. Desta forma que nós vamos conseguir melhorar o atendimento à população em situação de rua e articular as várias políticas intersetoriais da prefeitura”, defendeu. A candidata também afirmou que pretende “requalificar a Guarda Municipal de Curitiba” para que a mesma saiba lidar com essas pessoas.

A candidata do PP, Maria Victória, afirmou que valoriza os empresários, mas que também trabalhará, caso eleita, em prol dos que mais precisam. “Realmente, precisamos individualizar cada pessoa em situação de rua. Se é por dependência química, se é por fachada de tráfico de droga, ou se é porque a pessoa de fato precisa de uma mão amiga da prefeitura para poder resolver e ajudar a resolver as suas questões”, disse. Segundo Maria Victória, fazer a regularização fundiária também é um passo necessário para resolver a situação.

O primeiro debate com candidatos à Prefeitura de Curitiba aconteceu na Band nesta quinta-feira (8), com início às 22h30. Ainda antes do início, o debate foi marcado por uma polêmica. A pré-candidata Cristina Graeml foi desconvidada do programa pouco antes de chegar à emissora devido a dúvidas jurídicas sobre sua candidatura.

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