Requião insiste em "fake news" e é multado em dobro pela Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral condenou pela terceira vez Roberto Requião (PT) por divulgar “desinformação”, conforme decisão do juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Roberto Aurichio Júnior. Desta vez, o candidato foi punido de forma dobrada. O petista afirmou em sua propaganda eleitoral que congelou por 8 anos a tarifa de luz quando foi governador entre 2003 e 2010. Ocorre que nesse período houve reajuste de 30,47%. Por causa da “fake news”, Requião foi obrigado, liminarmente, na semana passada a retirar o conteúdo no horário eleitoral. Ele não cumpriu a decisão e agora foi condenado a parar de dizer isso e pagar multa em dobro. São R$ 10 mil por dia de descumprimento.
A campanha de Requião tentou se defender, alegou que o conteúdo era parecido e não igual ao que tinha sido proibido, mas o magistrado não se convenceu. “O conteúdo republicado e veiculado alvo desta demanda fora similar, o que reconhece-se o descumprimento e aplica-se a multa na forma dobrada.“, decidiu Aurichio Júnior.
Terceira condenação por Fake News
Esta é a terceira condenação de Requião por divulgação de conteúdos considerados ilegais pela Justiça Eleitoral.
Em agosto, ele afirmou que não houve investimentos no Paraná nos últimos anos e apresentou supostos números que colocariam o estado como o 20º de país no ranking de investimentos. Contudo, para o judiciário “a publicação impugnada extrapola a mera crítica política ou partidária e caracteriza ofensa à honra do então pré-candidato, com intenções de denegrir a sua imagem, com violação ao princípio da isonomia na disputa eleitoral e à garantia do processo eleitoral hígido.”, destacou o juiz Aurichio Júnior na época.
No mês de julho, o ainda pré-candidato petista, fez acusações de existência de funcionários fantasmas no governo “sem qualquer prova ou indício de sua veracidade.”, segundo a decisão que o condenou.
