Requião se filia ao PT e, em pré-campanha, lança suas promessas a governador

Publicado em 19 mar 2022, às 11h25. Atualizado às 11h29.

Cerca de duas mil pessoas se reuniram em Curitiba, na noite de sexta-feira (18), para prestigiar a filiação de Roberto Requião ao Partido dos Trabalhadores (PT). Entre as autoridades presentes, estavam o ex-presidente Lula, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e diversos petistas, como governadores, deputados estaduais e federais e vereadores de vários cantos do País, além de autoridades de outros partidos de esquerda.

O evento começou com quase uma hora de atraso e a chegada das vans com Lula, Requião e mais autoridades ao auditório foi tumultuado. Manifestantes de direita gritavam palavras de ordem contra os esquerdistas e foi necessária a da ajuda da Polícia Militar para conter o tumulto. Um caminhão de som foi apedrejado,mas ninguém se feriu.

Enquanto Lula e Requião não chegavam, várias autoridades discursaram, incluindo o deputado estadual Requião Filho, que também está de entrada no PT. Já começou seu discurso alfinetando o presidente Jair Bolsonaro e o governador Ratinho Júnior.

“Este é um governo pequeno de grandes negócios. No governo federal, temos um maluco governando o País e aqui Paraná um menino irresponsável, que queria ser governador e não se deu ao trabalho de tentar sequer a tocar o nosso estado”,

disse ele, defendendo a redução das tarifas de água e luz e a gratuidade delas para a população mais pobre.

Além de Requião Filho, o ex-governador também traz junto para o PT os sindicalistas Sérgio Butka e Nelsão.

Filiação

Ao som do antigo jingle de campanha de Requião, o “Me chama que eu vou”, Requião iniciou simbolicamente a sua filiação. Do jingle foi apenas suprimida a palavra “governador”, já que a canção foi usada na sua eleição a governador em 2006. Ele começou seu discurso, de quase uma hora, mostrando que é a segunda vez que se filia a um partido político e que escolheu o PT depois de muito pensar e observar, mas com os mesmos princípios e convicões lá da década de 70, quando se filiou ao MDB.

E relembrou a sua trajetória política, inclusive a sua luta para baratear a tarifa de luz e demais tarifas sociais. Aproveitou e já mostrou qual é a sua carta de compromissos com a sua pré-candidatura a governador do Paraná, contemplando diversos setores da sociedade:

  • Desprivatizações
  • Recompor perdas salariais e previdenciárias do funcionalismo público estadual
  • Salário mínimo, com aumentos reais e acima da média nacional
  • Congelar água e luz, renovando e ampliando programas como a tarifa social da água, e a luz fraterna
  • Reduzir impostos da pequena empresa e zerar do MEI
  • Não dar a empresas estrangerias nenhuma vantagem que não possa ser dada igualmente e a empresa brasileira ou paranaense
  • Retomar os programs de apoio a agricultura familair e ao pequeno produtor como fundo de aval, trator solidário, irrigação noturna, a casa da família rural
  • Reestruturação de estradas rurais
  • Preservação do meio ambiente;
  • Qualificados e melhor remuneração aos professores
  • Atendimento a saúde de volta a casa dos paranaenses, com reavivmento do programa médico da família
  • Prioridade central da adminsitração: recuperar segurança pública, investindo em tecnologia de ponta, treinamentos a policiais civis e militares
  • Investir na qualificação profisisonal dos mais jovens
  • Recolocar a cultura e as artes na ordem do dia da pauta governamental
  • Protagonismo às mulheres, índios, negros e LGBTQI+

O primeiro cargo executivo de Requião na política foi a prefeitura de Curitiba (1986 – 1989). Depois, ocupou a cadeira de governador do Paraná por três vezes (1991 a 1994, 2003 a 2006, 2007 a 2010). Também já foi duas vezes senador e uma vez deputado estadual.