Ricardo Barros é denunciado por esquema de propina em contratos da Copel

por Caroline Maltaca
com informações do Congresso em Foco e supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 24 nov 2021, às 16h23. Atualizado em: 18 abr 2023 às 10h34.

Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara dos Deputados, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pela suspeita na participação de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina envolvendo os contratos da Companhia Paranaense de Energia (Copel). De acordo com o portal Congresso em Foco, o deputado é acusado pelo MPPR de ter recebido mais de R$ 5 milhões pelo esquema, ao longo de dois anos.

Ainda conforme a denúncia, o caso ocorreu a partir de 2011, quando o deputado atuava como Secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná. Segundo as informações apuradas, durante a gestão da pasta, o deputado teria utilizado sua influência para fazer com que a Copel se beneficiasse com metade dos ativos das empresas paranaenses São Bento Energia e Dreen Brasil, enquanto, a outra parte, era transferida ao deputado.

Além das denúncias por lavagem de dinheiro e tráfico de influência, Barros também é acusado de falsidade ideológica eleitoral nas eleições de 2014.

Outro lado

De acordo com a nota encaminhada pela assessoria do parlamentar, “auditorias independentes mostraram a ausência de dano ao erário na compra do parque eólico”.

“O próprio delator reconhece que a venda foi abaixo do preço. Não houve tráfico de influência”,

afirma a nota.

Ainda conforme o posicionamento de Ricardo Barros, os “depósitos citados pelo Ministério Público são lícitos e estão declarados no imposto de renda ou das empresas” dele. Os valores teriam sido distribuídos a vários candidatos que concorreram na eleição de 2014. “A mim, foi destinado menos de 20% do valor total, como reconhece o próprio MP eleitoral”, afirma o político.

“Repudio o ativismo político do MP, o vazamento de informações sigilosas e a criminalização das doações oficiais. Provarei mais uma vez a minha boa fé, como já provei em outras acusações do Ministério Público”.

A reportagem do RIC Mais entrou em contato com a Copel e aguarda um retorno sobre o caso.

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