Fala, Marc!

por Marc Sousa

Jair Bolsonaro recuou e resolveu respeitar a decisão do ministro Alexandre de Morais, que impediu a nomeação do predileto do presidente para a direção da Polícia Federal. No fim da briga, quem ficou com o cargo é o delegado Rolando Alexandre de Souza.

 

Apesar de dar indicativos que poderia indicar novamente Alexandre Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, o presidente decidiu escutar os conselhos do ministros palacianos de evitar uma crise institucional com o Supremo Tribunal Federal. Trocou o nome, mas não o critério para a nomeação. O cargo foi para o então número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Rolando Alexandre de Souza era o secretário de Planejamento e Gestão do órgão e é visto como homem de confiança de Ramagem.

 

O novo diretor tem formação militar, e assim como Bolsonaro, é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). É especialista em crimes financeiros e é reconhecido na corporação por usar planilhas detalhadas no planejamento de grande operações.

 

Como delegado, já chefiou o Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e comandou a divisão de combate a crimes financeiros e dirigiu a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) em Rondônia. Também foi superintendente da PF em Alagoas até o ano passado, quando foi chamado para ser o braço-direito de Ramagem na Abin.

 

4 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 5 jun 2020 às 11h39.
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