Enchentes RS: tudo o que se sabe sobre o desastre no estado
Desastre já atingiu quase 2 milhões de pessoas em todo o estado
O Rio Grande do Sul está passando pelo pior desastre ambiental da sua história. A chuva que atingiu o estado na semana passada causou enchentes e estragos, deixando dezenas de mortes e pessoas desabrigadas.
O Grupo RIC enviou uma equipe de reportagem para a cobertura da tragédia no Rio Grande do Sul, na manhã desta sexta-feira (10).
Números mais recentes da enchente no RS
Subiu para 126 o número de mortos no Rio Grande do Sul devido as enchentes. Os números foram confirmados pelo boletim da Defesa Civil nesta sexta-feira (10), às 18h. Além disso, mais 141 pessoas estão desaparecidas e 756 feridas.
Até o momento as enchentes já deixaram 1.951.402 afetados, em 441 municípios. Dessas, mais de 300 mil estão desalojados e 70 mil estão em abrigos.
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Confira os números:
- Municípios afetados: 441
- Pessoas em abrigos: 71.409
- Desalojados: 339.928
- Afetados: 1.951.402
- Feridos: 756
- Desaparecidos: 141
- Óbitos confirmados: 126
- Óbitos em investigação*: 0
- Pessoas resgatadas: 70.863
- Animais resgatados: 9.984
- Efetivo: 27.218
- Viaturas: 3.466
- Aeronoaves: 41
- Embarcações: 340
Entenda o que tem causado as chuvas
O estado gaúcho sofre com as chuvas desde a última semana. Segundo o Climatempo, o fenômeno responsável por manter a instabilidade na região é um bloqueio atmosférico que impede a circulação das massas de ar frio.
Esse bloqueio faz com que a instabilidade não consiga avançar e permanecer estacionada no Rio Grande do Sul. Além das chuvas, esse fenômeno também causa as baixas temperaturas na região.
Segundo o portal de meteorologia, as condições no Sul do país devem mudar somente a partir da terça-feira (14).
Situação do Guaíba
O nível do Guaíba, rio que banha toda a Região Metropolitana de Porto Alegre, atingiu números históricos desde a última semana. No domingo (5), o rio atingiu o pico máximo de 5m35cm, somente na quarta-feira que os níveis de água começaram a dar sinais queda.
Segundo os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), é possível que aconteça um repique. São previstos novos temporais para a região no final de semana, podendo retornar a marca dos 5m.
Com a cheia no Guaíba, outras rios e lagos também são atingidas. É o caso da Lagoa do Patos, na Região Sul do estado que já atingiu a cota de inundação e está causando enchentes também em cidades como Pelotas e Rio Grande.
Estragos causados pelas enchentes
Em todo o estado, são mais de 130 pontos de bloqueios parciais ou totais nas rodovias federais e estaduais no Rio Grande do Sul. Só nas estradas estaduais são 76 pontos, em rodovias federais são 56 bloqueios.
Não é possível chegar a capital Porto Alegre pelo principal acesso (BR-290), são 11 trechos bloqueados na Região Metropolita. A única forma de entrar e sair da cidade é pela Zona Leste (RS-118 e BR-040).
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Além das estradas, o Aeroporto Internacional Salgado Filho suspendeu as atividades pelo menos até o dia 30 de maio. O aeroporto localizado na Zona Norte de Porto Alegre foi atingido pela enchentes, sendo necessário suspender todos os voos. A Base Aérea de Canoas está sendo adaptada para receber alguns voos comerciais, serão cinco por dia.
Impacto nos animais
Segundo os números da Defesa Civil atualizados na tarde desta sexta-feira (10), são pelo menos 9.984 animais resgatados.
Imagens registradas pela RICtv mostram os dramas vivenciados por animais no Rio Grande do Sul.
Impacto das enchentes no Rio Grande do Sul no Agronegócio
Diante do desastre histórico as produções agropecuárias também foram afetadas, principalmente as plantações de arroz e soja.
O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz, cerca de 70% do arroz de todo o Brasil vem do estado. Além disso, os gaúchos também são o segundo maior produtor de soja do país.
Segundo o Governo do Estado, não haverá desabastecimento dos produtos para o Brasil, mas possível diminuição de quantidade oferecida. Além das lavouras atingidas pelas enchentes, o deslocamento pelas estradas também são pontos que dificultam a distribuição do alimento.
Saiba os direitos das vítimas atingidas pelo desastre
Na última quinta-feira (9), o Governo Federal anunciou uma lista de medidas para ajudar as vítimas atingidas pelas enchentes.
- Antecipação do abono salarial
- Duas parcelas adicionais do seguro-desemprego
- Prioridade na restituição do Imposto de Renda
- Antecipação do Bolsa Família e do Auxílio Gás de maio
Além disso, os cidadãos atingidos pelas enchentes onde o município decretou situação de calamidade pública também podem fazer o saque do FGTS.
Como ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
Quem quiser ajudar as vítimas da tragédia no Sul podem realizar doações pelo PIX oficial do programa SOS Rio Grande do Sul (CNPJ: 92.958.800/0001-38) ou levar pessoalmente em um dos locais de coleta no Paraná.
Correios: as agências próprias dos correios estão recendo doações de alimentos não perecíveis, roupas e produtos de higiene pessoal e limpeza. Os donativos serão enviados sem custo pela empresa.
A sede do Grupo RIC, localizada na rua Amauri Lange Silvério, 516, no bairro Pilarzinho, é um dos postos de coleta. Os itens mais necessários neste momento são: vestuário e roupa de cama, materiais de limpeza, artigos de higiene pessoal, água potável, alimentos não perecíveis e de fácil preparo e ração para cães e gatos.
Clique aqui e encontre a agência dos correios mais perto da sua casa.
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