Índice Global de Inovação aponta que investimento em ciência e tecnologia cresce abaixo do PIB global

Publicado em 16 jul 2018, às 00h00. Atualizado em: 15 set 2020 às 07h56.

Da redação

O investimento em pesquisa e desenvolvimento cresceu 3% em 2016 no mundo. O aporte de recursos nesta área mais do que dobrou nos últimos 20 anos (1996-2016), entretanto, ainda está abaixo do patamar anterior à crise de 2007-2008, quando a alta chegou a 6,7%. Além disso, o nível anual de crescimento vem caindo desde 2013, quando esteve em aproximadamente 5%.

A constatação é do estudo Índice Global de Inovação, uma iniciativa da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, com participação do Brasil por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a Agência Brasil, o índice (3%) foi menor do que o registrado para o total de riqueza, no qual é usado o indicador do Produto Interno Bruto (PIB) global acumulado, que ficou em 3,3% em 2016.

O desempenho melhora um pouco, chegando a 4,2% no mesmo ano, quando considerado o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento de empresas. Neste caso, o percentual também é quase a metade dos patamares no período de 2007 a 2008, quando o crescimento da aplicação de recursos por empresas chegou a 8,1%.

Para os especialistas, a inovação já avança para a redução de custos de energias renováveis, como solar e eólica, e medidas de eficiência energética que reduzem o consumo. Mas, além de fontes mais limpas, novas tecnologias podem contribuir no consumo regulado de forma eficiente em cidades inteligentes e na otimização do armazenamento e distribuição de redes elétricas inteligentes.

O relatório trouxe, ainda, um exemplo da aplicação de patentes em tecnologia verde, em que entre os anos de 2007 e 2013, o número dobrou, saindo de 9 para 18 mil. Em seguida, houve uma queda de até 15 mil pedidos anuais em 2016, com um leve aumento em 2017. No entanto, os investimentos em fontes renováveis de energia entraram em uma fase de estagnação a partir de 2011, após crescerem em média 32% ao ano desde 2004. No ano passado, o crescimento em relação a 2016 foi de 2%.